Confusão Baré: Os motivos do atraso no Amazonense
O Campeonato Amazonense foi transferido para o segundo semestre e, por questões financeiras, apenas sete dos 15 clubes participarão
O Campeonato Amazonense de Futebol é chamado, carinhosamente, de Barezão. O apelido faz referência à palavra baré, que tem origem tupi-guarani e significa a língua falada por indígenas. Com pouca visibilidade a nível nacional, o Barezão conta com escassos mas exigentes seguidores, que costumam reclamar da qualidade do futebol apresentado pelos 15 clubes inscritos na Federação Amazonense de Futebol (FAF).
Quando alguns jogadores esbanjam talento, a pouca chance de decolar na carreira futebolística os obriga a manter paralelamente o estudo ou outra profissão. Nos últimos 30 anos, o torneio estadual, que dá ao campeão o direito de competir no Campeonato Brasileiro Série D, na Copa do Brasil e na Copa Verde, sempre foi realizado no primeiro semestre, assim como grande parte dos demais estaduais Brasil afora. Mas a ideia da recém-criada Associação dos Clubes Profissionais do Amazonas (ACPEA), e aprovada pela Federação Amazonense de Futebol, a FAF, fez com que a data fosse mudada para o segundo semestre.
As alegações foram a realização dos Jogos Olímpicos, já que Manaus abrigou algumas partidas do futebol feminino e masculino e a Arena da Amazônia ficou à disposição da competição, assim como o Maracanã ficou, e a espera da ajuda financeira prometida pelo governo do estado.
Em junho, a FAF abriu as inscrições para a competição condicionando a isso que cada equipe fizesse um depósito de R$ 7 mil, a título de pagamento, antecipado, das taxas de arbitragem. Diante disso, apenas sete equipes participam. São elas: da capital, o Nacional, atual campeão, o São Raimundo, o Fast Clube, o Manaus e o Rio Negro, de Manacapuru, o Princesa do Solimões e, da cidade de Borba, o Nacional Borbense.
Nesse momento, Fast lidera com 15 pontos em seis partidas, seguido do Nacional, com 13 em sete. Os quatro primeiros avançam para a semifinal do torneio.