Técnico José Mourinho se disse envergonhado pelo incidente em Paris
Depois de condenar o incidente no metrô de Paris por meio de uma nota, reforçando que não apoia qualquer ato de discriminação, o Chelsea tomou atitudes mais drásticas. Primeiro, a equipe inglesa divulgou um comunicado para informar que já suspendeu três homens suspeitos de ter participado das ofensas racistas e pediu ajuda na internet para identificar outros culpados. Já na manhã desta sexta-feira, o técnico José Mourinho e o diretor de comunicação Steve Atkins lamentaram o ocorrido e convidaram a vítima do caso de racismo em Paris, o francês identificado apenas como Suleymane S., para assistir à partida de volta das oitavas de final da Liga dos Campeões, contra o Paris Saint-Germain, em Stamford Bridge.
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“Nós estamos envergonhados. Mas talvez, não devêssemos. Eu me recuso a ser ligado com este tipo de pessoa. Eu senti vergonha quando soube o que aconteceu, mas eu repito, tenho orgulho de ser treinador do Chelsea, porque eu sei o que este clube é. Estas pessoas não representam o clube”, afirmou Mourinho.
Em seguida, o treinador português convidou Souleymane S. e toda a sua família para conhecer o estádio do Chelsea em 11 de março. “Ele não iria somente assistir ao jogo, ele iria sentir o que é o Chelsea. Talvez, neste momento, ele tenha a impressão errada sobre o que é o clube. Não sei se ele gosta de futebol, mas tenho certeza que ele iria adorar saber que os miseráveis que fizeram aquilo não são o Chelsea.”
Na última terça-feira, momentos antes do confronto entre PSG e Chelsea, um grupo de torcedores ingleses que lotava um dos vagões do metrô impediu a entrada de Souleyman S, que foi empurrado e não pôde usar o transporte. A ação foi registrada por filmagens amadoras, de usuários do metrô, e repercutiram negativamente pela imprensa. O francês, que é filho de africanos, confirmou ao jornal Le Parisien que apresentou uma denúncia à Polícia Metropolitana da capital francesa contra seus agressores.
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(Com Gazeta Press)