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Chefe da F1 cobra investigação sobre acidente de Bianchi

Bernie Ecclestone afirmou que caso será analisado, mas reafirmou a segurança dos carros da categoria. Piloto segue internado em estado grave, mas estável

Dirigente mais influente da Fórmula 1, o inglês Bernie Ecclestone garantiu que o grave acidente sofrido pelo francês Jules Bianchi, da Marussia, durante o Grande Prêmio do Japão, realizado no último domingo, será alvo de uma investigação rigorosa. “Haverá uma investigação independente para descobrir exatamente o que aconteceu. Nós temos feito muito pela segurança nos últimos anos”, disse o CEO da Formula One Management e da Formula One Administration, as empresas que organizam a temporada de F1, ao jornal londrino The Times.

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“Hoje em dia, os pilotos apenas batem no cinto, tiram o volante e saltam do carro sem maiores problemas depois de um acidente. Eu sempre digo que se eu tiver de ter um acidente, gostaria que acontecesse num carro de F1, porque são os mais seguros do mundo. Infelizmente, algumas coisas assim acontecem, mas temos de achar as causas”, completou. Para muitos pilotos e dirigentes da Fórmula 1, no entanto, a organização da prova agiu de maneira incorreta ao não utilizar o safety car durante a entrada do guindaste para a remoção do carro de Adrian Sutil. Ao escapar na mesma curva que o concorrente, Bianchi se chocou justamente com o guindaste que fazia a retirada do carro de Sutil. Depois de realizar uma cirurgia na cabeça, o francês permanece na UTI com estado de saúde grave, mas estável.

Um dos críticos à organização do GP em Suzuka é o francês Alain Prost, um dos maiores vencedores da categoria em todos os tempos. “Um erro fundamental foi cometido”, disse o tetracampeão mundial à rede de TV Canal Plus, sobre o fato de o safety car não ter entrado na pista depois da primeira batida. “Fazia vinte anos que não víamos uma batida tão séria quanto esta. Este não foi um acidente de prova. Era óbvio que a pista estava se tornando perigosa. Nós precisamos descobrir onde o erro foi cometido e ter certeza que não vai acontecer de novo”. Para Prost, o caso de domingo foi o acidente mais grave desde o que matou o brasileiro Ayrton Senna em 1994, no Circuito de Ímola. O ex-piloto francês acredita que a forma como o fato aconteceu apresenta um retrocesso na segurança da categoria. “A nova geração de pilotos não está acostumada a esse tipo de acidente. A batida me faz lembrar dos anos 1980, quando tínhamos algo assim a cada duas provas.”

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​(Com Gazeta Press e Estadão Conteúdo)

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