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Caso Neymar: Barça paga R$ 43 milhões a fisco espanhol

Mas o clube continua sustentando que não houve tentativa de sonegação – em comunicado, fala só em ‘possível divergência de interpretação’ com a Receita

Depois de quase dois meses, a novela envolvendo a contratação de Neymar pelo Barcelona ganhou um importante capítulo nesta segunda-feira. Através de um comunicado oficial, o clube catalão informou que pagou 13,5 milhões de euros (o equivalente a 43,4 milhões de reais) à Receita Espanhola em uma espécie de correção de valores pela contratação do camisa 11. De acordo com a nota, o pagamento é preventivo para caso a Justiça entenda que exista alguma pendência na contratação, com o objetivo final de evitar uma multa mais pesada no futuro. O clube, porém, segue sustentando que não houve irregularidade. “Em vista da existência de uma possível divergência interpretativa quanto às obrigações fiscais derivadas da contratação, para saldar qualquer possível dívida tributária derivada desta operação e para melhor defender o nome e a boa reputação de nosso clube, o Barcelona apresentou essa autoliquidação complementar”, diz o comunicado da diretoria.

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A nota diz que o clube “está convencido da licitude do inicial cumprimento das obrigações fiscais” e que não reconhece qualquer desvio no caso. O Barça foi indiciado pelo juiz Pablo Ruz por suspeita de divergências entre o valor declarado e o valor real da transferência de Neymar. Oficialmente, o clube informou que pagou 57 milhões de euros (cerca de 180 milhões de reais) pelo brasileiro. No entanto, um sócio da agremiação acusou a diretoria de desviar 40 milhões de euros (cerca de 130 milhões de reais, na cotação atual) a uma empresa do pai de Neymar durante a transação. Ainda segundo a acusação, outras cláusulas elevariam os valores da transferência para 86,2 milhões de euros (284,5 milhões de reais). A polêmica está sendo investigada pela Justiça Espanhola, e fez com que Sandro Rosell renunciasse à presidência do clube catalão. “O Barcelona nega que tenha cometido um delito fiscal”, insiste o comunicado.

(Com agência Gazeta Press)

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