Caio Júnior, de artilheiro a professor
Treinador morreu aos 51 anos, após acidente aéreo com o time da Chapecoense
Caio Júnior foi uma das vítimas do acidente aéreo com o avião da Chapecoense, que ia a Medellín para a final da Copa Sul-americana deste ano, contra o Atlético Nacional. E Caio era o comandante desta equipe. O treinador voltava a fazer um grande trabalho no futebol brasileiro.
Como jogador, Caio Júnior iniciou sua carreira no Grêmio, em 1985. aos 20 anos. Foi tricampeão gaúcho com o Tricolor, sendo artilheiro do estadual de 1985, com 15 gols. Logo em seu primeiro ano como profissional, terminava como artilheiro. Ao todo, foram 58 gols com a camisa gremista.
Transferiu-se para o futebol português em 1987. Lá, foi ídolo do Vitória de Guimarães e do Estrela Amadora. Com o primeiro, foi campeão da Supertaça de Portugal ,enquanto com o segundo foi campeão da segunda divisão.
Em 1994 voltou ao Internacional, conquistando o Campeonato Gaúcho. Um ano depois, voltou a Portugal, para defender o Belenenses. Após isso, voltou ao Brasil, jogando por diversos clubes. Novo Hamburgo-RS (1996), Paraná (1997), XV de Piracicaba-SP (1998), Paulista (1998), Iraty-PR (1998) e Rio Branco-SP (1999), onde encerrou sua carreira.
Em 2000, iniciou a carreira fora do gramado, como supervisor de futebol do Coritiba. Passou pelo Cruzeiro como auxiliar técnico e chegou ao Paraná em 2002, como treinador dos times de base.
Em 2005, dirigindo o Cianorte, conseguiu a incrível vitória de 3 x 0 sobre o Corinthians, no interior do Paraná. A derrota por 5 x 1, em São Paulo, tirou a vaga do time interiorano. Em 2006, chegou no Paraná e fez brilhante trabalho, levando o time à Libertadores pelo Campeonato Brasileiro. Um ano depois, teve seu primeiro trabalho em time grande. Quase levou o Palmeiras à Libertadores, mas não conseguiu. Depois disso, treinou times grandes como Flamengo, Botafogo e Grêmio, mas sem conseguir repetir um grande trabalho. Foi campeão baiano em 2013, pelo Vitória. De 2014 a 2016, dirigiu o Al-Shabab, dos Emirados Árabes Unidos, conquistando a Copa do Golfo árabe, em 2014/2015.
Defendia a Chapecoense desde junho deste ano, levando o time à final da Copa Sul-americana.
