Negócios no mundo do futebol movimentaram R$ 15,11 bilhões ano passado
O Brasil pode não ser o mais rico nem o que recebe mais dinheiro em janelas de transferência, mas o país é um recordista. Em números absolutos, ninguém contratou ou vendeu mais jogadores do que o nosso país, mercado forte do futebol, em 2016.
Em estudo feito pela Fifa e lançado nesta semana, sobre as transferências realizadas em 2016, o Brasil foi o país que mais comprou e o que mais vendeu jogadores. Ao todo, 806 atletas profissionais deixaram o país no ano passado. Em contrapartida, o Brasil também foi o país que mais comprou atletas. Ao todo, 678 jogadores entraram no país neste período.
Além disso, jogadores brasileiros foram também recordistas em valor de negociação no ano passado. Contando todos os mercados do mundo, os brasileiros, ou seja, nascidos aqui, foram os que movimentaram mais dinheiro. R$ 1,88 bilhão foram gastos com jogadores brasileiros pelo mundo todo.
Ao todo, 14.591 jogadores foram negociados em 2016 de um país para outro, um número 7,3% superior ao de 2015. Estes jogadores movimentaram 4,79 milhões de euros (cerca de R$ 15,11 bilhões) no mercado do futebol. Ou seja, os jogadores brasileiros representam 12,4% de todo o montante gasto com jogadores em transações internacionais em 2016. Nesta conta não entram jogadores que trocaram de time no mesmo país.
Em números absolutos, a rota que mais envolveu troca de jogadores foi do Brasil para Portugal. Ao todo, 168 jogadores deixaram nosso país para jogar no futebol português. Já o caminho contrário é a quinta maior rota de 2016. Ao todo, 103 jogadores trocaram o futebol português pelo brasileiro em 2016.
Já em valores, a maior foi de jogadores que deixaram a Alemanha para jogar na Inglaterra. Essa rota movimentou R$ 750 milhões. Já a primeira envolvendo o Brasil, foi a de brasileiros para a Itália, em nono lugar, movimentando R$ 251 milhões, com destaque para Gabigol, que foi do Santos para a Internazionale.
Ao todo, os clubes europeus gastaram R$ 12,37 bilhões em transferências internacionais em 2016, 81,9% de todo o dinheiro gasto no mundo. A Ásia gastou R$ 1,7 bilhão, sendo que desse montante, a China gastou R$ 1,42 bilhão, 344% a mais que a soma de todos os outros países da Ásia. Já a América do Sul gastou R$ 572 milhões, sendo que o Brasil representa 46% deste valor, ou seja, cerca de R$ 263 milhões.