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Brasil e Alemanha se equivalem na Copa (com Neymar)

As duas seleções que mais participaram de finais de Copa do Mundo se enfrentam na terça-feira, em Belo Horizonte, pela chance de deixar a concorrente para trás, bater o recorde isolado e, claro, jogar pelo título no próximo domingo, dia 13, no Maracanã. Com sete decisões para cada lado – uma delas em confronto direto, […]

As duas seleções que mais participaram de finais de Copa do Mundo se enfrentam na terça-feira, em Belo Horizonte, pela chance de deixar a concorrente para trás, bater o recorde isolado e, claro, jogar pelo título no próximo domingo, dia 13, no Maracanã. Com sete decisões para cada lado – uma delas em confronto direto, em 2002 -, Brasil e Alemanha disputam a semifinal mais aguardada da competição. As equipes começaram com desempenhos bem diferentes na fase de grupos, quando os alemães avançaram de forma mais tranquila do que os brasileiros. Nas oitavas e nas quartas, porém, eles tiveram trajetórias mais semelhantes, primeiro eliminando, no sufoco, equipes que renderam mais do que o esperado nesta Copa (Argélia e Chile)� e depois segurando uma vitória magra contra seleções que faziam boa campanha no Mundial (França e Colômbia). Reunidas em sua penúltima partida na competição (quem perder também joga mais uma vez, decidindo o terceiro lugar), as gigantes do futebol internacional registram estatísticas surpreendentemente parecidas para dois times tão diferentes, que protagonizaram espetáculos tão distintos. A comparação, no entanto, esbarra numa dificuldade: como o Brasil perdeu seu principal jogador, Neymar, fora da Copa desde a entrada violenta do colombiano Zuñiga, na sexta, é impossível saber como jogará a seleção da casa na próxima partida. A Alemanha deverá ser a mesma, atuando com a mesma filosofia de jogo. O Brasil da semifinal, por outro lado, é uma incógnita.

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Confira todos os números do Brasil na Copa

Consulte as estatísticas da Alemanha no Mundial

Depois de cinco jogos no Mundial, cada seleção tem dez gols marcados e quase o mesmo número de chutes a gol: 34 dos brasileiros e 33 dos alemães. Os donos da casa também finalizaram 29 vezes para fora, contra 24 vezes dos europeus. O Brasil tem duas assistências a mais, sete a cinco. Também não há grande abismo entre as equipes na parte defensiva: os brasileiros sofreram quatro gols, e os alemães, três. A seleção de Luiz Felipe Scolari permitiu menos arremates que o time de Joachim Löw (onze a dezenove) e conseguiu mais desarmes 94 a 84. Se o Brasil vence 55% das divididas, a Alemanha leva a melhor em 53%. Por causa das batalhas contra os mexicanos, chilenos e colombianos, é na parte disciplinar que a equipe pentacampeã tem algumas das estatísticas mais distantes dos alemães. O Brasil cometeu muito mais faltas (96 contra 57) e recebeu mais infrações (94 contra 73), além de ter acumulado dez cartões amarelos contra apenas quatro dos alemães. A outra grande diferença revelada pelos números é a de estilo de jogo. Com um futebol agressivo, acelerado e vertical – às vezes até em excesso, como no jogo de sexta, em que o Brasil mostrou afobação mesmo quando tinha a vantagem no placar -, o time de Felipão troca bem menos passes que o de Löw (foram 1.571 dos brasileiros contra 2.685 dos alemães, que também têm um índice de acerto superior, 87% a 81%). Com seu estilo pragmático e de pouco improviso, a Alemanha dribla muito pouco na comparação com o time de Neymar, Oscar e Hulk. O Brasil somou 73 dribles certos e 74 errados antes da semifinal, enquanto os europeus acertaram 32 dribles e erraram outros 32. Agora resta saber qual será o Brasil que dará continuidade à campanha – e se o substituto de Neymar, seja ele quem for, conseguirá acumular números tão bons quanto os do camisa 10, que já se recupera da contusão em casa, no Guarujá, no litoral paulista.

(Giancarlo Lepiani, de Belo Horizonte)

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