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Arrependido, Henderson pensa em deixar a Arábia Saudita, diz jornal

Após seis meses, jogador não está adaptado a vida no Oriente Médio e gostaria de retornar ao futebol europeu

O meio-campista Jordan Henderson estaria arrependido da decisão de ter deixado o Liverpool para atuar no futebol saudita. Apenas seis meses depois de ser anunciado como principal reforço do Al-Ettifaq, o jogador inglês de 33 anos deseja retornar à Premier League. A informação é do jornal inglês The Athletic.

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A publicação, porém, explica que a viabilidade de uma negociação é difícil e provavelmente não envolveria o antigo clube. A hipótese mais possível seria em torno de um empréstimo de seis meses para outra liga europeia.

A matéria diz que tanto o jogador como seus famíliares têm dificuldades para se adaptar a vida no Oriente Médio. Eles residem na fronteira da Arábia Saudita com o Bahrein.

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Henderson trocou os Reds após 12 temporadas consecutivas pela equipe deixando o posto de capitão, herdado de Stiven Gerrard, seduzido por uma proposta milionária com contrato de três anos de duração.

Em setembro de 2023, em entrevista ao The Athletic, ele falou que a decisão acarretou no rompimento relações com comunidades LGBTQs do Reino Unido. Durante anos, o meia foi símbolo da equipe vermelha e se tornou representante das causas sociais da comunidade LGBTQ+, sempre vestindo a faixa de capitão nas cores do arco-íris.

Henderson trocou a idolatria do Liverpool para ser 10 e capitão do Al-Etiffaq, na Arábia Saudita - EFE/EPA/STRINGER
Henderson trocou a idolatria do Liverpool para ser 10 do Etiffaq – Stringer/EFE

“Pode rolar muitas críticas, muita negatividade sobre mim. Foi uma decisão difícil de tomar. Eu me importo com as diferentes causas que eu estive envolvido, nas diferentes comunidades… eu me importo. E claro que eu entendo a frustração da comunidade LGBTQ+, eu entendo a raiva. Eu sinto muito por ter provocado isso. Minha intenção nunca foi machucar ninguém. Minha intenção tem sido ajudar as causas e comunidades, eu sinto que eles pediram a minha ajuda”, disse na ocasião.

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Ao anunciar o meia inglês como reforço, em julho, o Al-Ettifaq descoloriu o arco-íris da braçadeira de Henderson. O episódio reacendeu a discussão sobre como a Arábia Saudita lida com questões de direitos humanos, como a liberdade de expressão, a discriminação à comunidade LGBTQIAPN+ – a homossexualidade, por exemplo, é considerada crime, passível até de pena de morte – e o tratamento misógino às mulheres, que nos últimos anos tiveram pequenas conquistas como o direito de dirigir, ir à escola ou viajar sem a permissão de um “tutor” homem.

Na mesma entrevista, Henderson justificou sua ida ao futebol saudita por questões esportivas e revelou que o técnico Jürgen Klopp lhe informou que perderia espaço e minutagem na atual temporada. Ele demonstrou enorme chateação com o clube inglês.

O Al-Ettifaq é apenas o oitavo colocado na Liga Saudita, 28 pontos distante do Al-Hilal, o líder isolado do torneio. Henderson entrou em campo 19 vezes no período, distribuindo cinco assistências.

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