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Árbitro do clássico pede perdão: ‘Espero seguir minha carreira’

Thiago Duarte Peixoto admitiu ter confundido Gabriel com Maycon antes de expulsar, equivocadamente, o jogador do Corinthians

Thiago Duarte Peixoto, o árbitro que apitou à vitória do Corinthians sobre o Palmeiras, em Itaquera, pelo Campeonato Paulista, admitiu em entrevista na madrugada desta quinta-feira o seu erro na expulsão do corintiano Gabriel, no fim do primeiro tempo. O árbitro disse ter confundido o volante com o colega Maycon, quem deveria ter recebido o cartão amarelo, e revelou temor de que o episódio atrapalhe a sua carreira.

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“Espero, com muita fé e com muita força de vontade, poder seguir a minha carreira como segue todo mundo quando comete algum equívoco no trânsito, quando comete um equívoco e não faz um gol, que comete equívoco em uma palavra errada de um jornalista. Não estou querendo justificar. Eu errei. Apliquei o cartão amarelo e vermelho para a pessoa errada. Mas espero do fundo do coração que minha carreira continue”, disse Peixoto, que é professor de educação física e tem 38 anos. 

O árbitro disse ter se atrapalhado porque no lance da falta, o corintiano Maycon puxou a camisa de Keno, que ao cair, recebeu uma entrada de carrinho do zagueiro Pablo. “No momento que o zagueiro puxa, tem um jogador, se não me engano o Pablo, que dá uma chegada dura por baixo, que me deixa preocupado. Quando eu levanto a cabeça, vejo o Gabriel na minha frente. Erro? Sim, um erro. Mas aquilo me influenciou na decisão de olhar para ele e dar o cartão, digo, erroneamente, para o Gabriel”, explicou.

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Uma imagem da Rede Globo flagrou o quarto árbitro avisando Peixoto que “não foi o Gabriel”. Segundo o árbitro, porém, os assistentes acharam que ele havia marcado falta pelo carrinho de Pablo, e não pelo puxão de camisa de Maycon.  “O que foi questionado com os assistentes é que eles ficaram preocupados achando que eu dei a falta por baixo, a do Pablo, zagueiro, e não foi essa falta que eu dei. Eu marquei a falta por puxão, do Maycon, e dei cartão para o Gabriel, erroneamente. Ninguém tinha a informação exata”, explicou Peixoto, que pelo erro, chorou no vestiário e ficou muito abalado.

O árbitro pediu para ser perdoado pela falha. “Já deve ter marcado a minha carreira. Eu escolhi ser árbitro de futebol, escolhi isso para a minha vida, tenho que estar preparado tanto para os erros, como para os acertos. Se a comissão confiou em mim para estar aqui, é porque eu merecia. Espero que eu continue a minha carreira. Sim, é um aprendizado, difícil errar em um clássico, difícil errar em um jogo de uma importância dessa, mas foi o que escolhi para mim”, comentou, antes de se despedir dizendo que gostaria de ir para casa abraçar o filho.

(Estadão Conteúdo)

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