‘Anjo da Chapecoense’ quer ser jogador do time brasileiro
Johan Ramírez, que ajudou no resgate dos sobreviventes do acidente aéreo de novembro passado, disputa torneios para jogadores de sua idade na Colômbia
O “anjo da Chapecoense” quer ser jogador de futebol e seu sonho é defender um dia o clube catarinense. Aos 15 anos, o colombiano Johan Ramírez, que ficou famoso no mundo todo por ajudar no resgate das vítimas da tragédia aérea ocorrida em novembro passado, joga por uma equipe de sua cidade e alimenta o desejo de se tornar um profissional da bola.
Em sua escalada para tentar virar jogador, Ramírez participa de um torneio em La Ceja, perto da montanha onde ocorreu o acidente que vitimou 71 pessoas, e praticamente toda a equipe da Chapecoense, que havia viajado à Colômbia para disputar o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional de Medellín.
“Eu gostaria de jogar no Nacional ou na Chapecoense”, disse Ramírez, depois de um jogo em que seu time ganhou e ele deu uma assistência. “São os dois times que levo no coração. O Nacional porque sempre gostei, e a Chape porque pude ajudar com os sobreviventes”, acrescentou o garoto, que, junto com o pai, Miguel Ángel, foi muito importante no resgate de Alan Ruschel, Jakson Follmann e Neto, os três jogadores da Chapecoense que sobreviveram ao acidente.
Em campo, Ramírez é chamado pelos companheiros de “Chape”, e no bairro onde mora – e é constantemente solicitado para tirar fotos – é o “Jovem Anjo”.
Depois de ganhar fama por seu ato de solidariedade, o garoto colombiano veio ao Brasil para ser homenageado (recebeu uma camisa da seleção brasileira das mãos do presidente Michel Temer) e viajou à Espanha para conhecer o compatriota James Rodríguez, do Real Madrid. Ramírez ganhou do ídolo uma camisa autografada do clube espanhol e uma bola da Liga dos Campeões autografada por todos os jogadores do Real.
(Com AFP)