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André Sá cai no Brasil Open e dá adeus às quadras aos 40 anos

Ao lado de Thomaz Bellucci, tenista mineiro foi eliminado da chave de duplas e, emocionado, pôs fim à carreira. “O esporte me deu praticamente tudo”

Depois de mais de 21 anos como profissional, André Sá deu adeus ao tênis profissional na noite desta quarta-feira, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, ao ser eliminado da chave de duplas do Brasil Open. Atuando ao lado de Thomaz Bellucci, o mineiro de 40 anos caiu na segunda rodada do ATP 250 realizado em quadras de saibro com uma derrota para os argentinos Federico Delbonis e Maximo Gonzalez, por 2 sets a 0, com parciais de 7/6 (7/4) e 7/5.

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O veterano, que há pouco tempo também assumiu o posto de novo técnico de Bellucci, já havia anunciado que iria se aposentar do tênis como jogador ao final dos torneios deste ano da ATP realizados no país. Na semana passada, também disputou o Rio Open.

E, antes de entrar em quadra para atuar na noite desta quarta, André Sá se emocionou ao receber uma homenagem da organização do Brasil Open. Ele foi presenteado com placas comemorativas, dadas pela ATP, pela Confederação Brasileira de Tênis e por seu patrocinador, e foi ovacionado pelo público presente no Ibirapuera, onde a torcida vestiu máscaras com o seu rosto.

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Duas vezes campeão de duplas do Brasil Open, em 2008 e 2017, Sá também acompanhou de dentro da quadra um vídeo com depoimentos de Marcelo Melo, Rogério Dutra Silva, Daniel Melo, Bellucci, Bruno Soares, Nicolas Lapentti e Tommy Haas, além de sua família, que estava presente com ele no ginásio paulistano na noite desta quarta.

“O esporte me deu praticamente tudo e estou aqui hoje muito emocionado. Quero agradecer a todos os treinadores que tive, agradecer muito mesmo à minha família, à minha esposa Fernanda e minha filha Carolina, por aguentar o pai fora de casa tantas semanas. Elas foram guerreiras e entenderam os motivos para eu precisar viajar. Meus pais e meu irmão Vinicius, meu fã número 1”, afirmou Sá, chorando muito durante o discurso de agradecimento após receber as homenagens.

Carreira de sucesso em duplas

Com o adeus confirmado nesta quarta, Sá encerra uma vitoriosa carreira como duplista. Ele acumula 11 títulos em torneios da ATP e disputou um total de 30 finais de duplas entre 1998 e 2017 no circuito profissional. Com suas 11 taças, ele é o terceiro duplista mais vitorioso da história do tênis nacional, ficando atrás apenas de Marcelo Melo e Bruno Soares.

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Além dos títulos, Sá enumerou feitos expressivos. Como jogador de simples, ele chegou a avançar às quartas de final de Wimbledon, seu Grand Slam preferido, em 2002, igualando Thomaz Koch (1967) e Gustavo Kuerten (1999) como os brasileiros de melhor campanha na história do torneio masculino individual da competição.

Sá também participou por 18 vezes do US Open, Grand Slam realizado em Nova York, e defendeu o Brasil em 20 confrontos da Copa Davis, entre eles o que marcou uma então inédita semifinal para a qual o Brasil avançou e enfrentou a Austrália de Lleyton Hewitt, Patrick Rafter e Mark Woodforde. Naquela ocasião, fez parte do time que contava com Guga, Fernando Meligeni e Jaime Oncins.

Em duplas, além dos títulos no circuito profissional, Sá faturou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, em 1999, no Canadá, atuando ao lado de Paulo Taicher. O mineiro de Belo Horizonte ainda participou de quatro edições da Olimpíada, em Atenas-2004, Pequim-2008, Londres-2012 e Rio de Janeiro-2016, um recorde de representatividade entre os tenistas brasileiros.

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