Publicidade
Publicidade

Abel Braga entra ao vivo em programa para negar abalo psicológico

Treinador do Fluminense fez duras críticas a uma reportagem do diário ‘O Globo’ sobre a perda de seu filho João Pedro

Dois meses após a morte do filho João Pedro, o técnico Abel Braga resolveu esclarecer boatos que envolvem seu rendimento no comando do Fluminense após a tragédia. Nesta sexta-feira, o treinador concedeu entrevista ao programa “Redação SporTV”, para desmentir uma matéria publicada mais cedo pelo jornal O Globo.

Publicidade

O texto diz que Abel estaria ainda muito abalado com o drama familiar e que funcionários do Fluminense não escondem a preocupação com a possibilidade de seu lado profissional ter sido afetado – ou seja, que há pouca cobrança aos atletas e uma menor capacidade de tomar as melhores decisões para o time.

Entretanto, o treinador fez questão de rebater a acusação e explicar que seu trabalho no clube carioca não foi influenciado pelo luto. Durante a entrevista, explicou que está lidando com dificuldades na temporada, como lesões e ausências de jogadores, que o obrigaram a remontar o time diversas vezes.

Publicidade

“Posso ter me abatido, mas o time não vem jogando bem. Fez um primeiro tempo ruim (em relação à derrota para o Palmeiras), não está conseguindo resultados. Mas isso tudo dentro de um contexto em que o Fluminense foi montado três ou quatro vezes somente neste ano. Problemas de contusão. Essa equipe não está formada, ela aguarda o retorno de peças importantes”, disse.

Abel ainda fez questão de ressaltar que já havia passado por situação semelhante quando perdeu a mãe enquanto trabalhava nos Emirados Árabes, e classificou a reportagem como ‘covardia’. Antes, o treinador afirmou que havia se recusado a responder ao mesmo autor da matéria quando questionado se estava abatido pela situação envolvendo o filho, uma vez que deveria receber perguntas sobre o Fluminense.

“Eu não estive no velório e enterro da minha mãe. Para chegar ao Rio de Janeiro e acompanhar enterro teria que ser três dias de velório. Eu sei separar o pessoal do profissional. Da forma como surgiu (a pergunta sobre o abalo psicológico), foi uma covardia porque a pergunta não foi colocada dessa maneira. Se veio de alguém do clube, é mais covardia ainda. Aqui dentro a gente sabe o que se passa, vocês que estão de fora não sabem 50%”.

Publicidade

Clube sai em defesa do treinador

Em entrevista coletiva, o vice presidente de futebol do clube, Fernando Veiga, manifestou todo seu apoio ao técnico Abel Braga e descartou que a má fase da equipe tenha qualquer relação com a tragédia familiar vivida pelo treinador no meio do ano.

“De maneira alguma há essa interferência, esse impacto da tragédia que ocorreu com o treinador dentro das atividades dele aqui no clube. É um treinador profundamente identificado com o clube, tem uma história muito bonita, um relacionamento excelente com todos aqui dentro, inclusive com a diretoria. Sempre deixamos ele bem à vontade desde o dia em que ocorreu esse problema, pouca gente sabe o que é perder um filho e acredito que deve ser uma dor incomparável, uma cicatriz que dificilmente se fecha (…) Não tem o menor cabimento tentar achar alguma justificativa para o mau momento do clube, fazer algum tipo de relação com isso que ocorreu com o treinador”, explicou.

(Com Estadão Conteúdo)

Continua após a publicidade

Publicidade