A pedido da TV, federação contraria PM e mantém horário de Ponte x São Paulo
Emissoras não teriam jogos para transmitir caso o duelo fosse antecipado devido aos protestos populares contra o governo de Dilma Rousseff
A possibilidade de não haver futebol na TV neste domingo devido aos protestos populares contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) foi encerrada na noite desta quarta-feira. Após reunião com dirigentes dos clubes, a Federação Paulista rejeitou o pedido da Polícia Militar de Campinas e manteve o horário da partida entre Ponte Preta e São Paulo para às 16h (de Brasília), no Estádio Moisés Lucarelli. De acordo com o clube campineiro, a interferência das emissoras de TV aberta que detêm os direitos de transmissão pesou na decisão.
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Na terça-feira, a PM havia solicitado a antecipação do duelo para 11h (assim como ocorreu no duelo entre Palmeiras e XV de Piracicaba, na capital paulista) para que os policiais escalados pudessem trabalhar na partida, válida pelo Campeonato Paulista, e, em seguida, nas manifestações populares marcadas para o período da tarde. Mas apesar da preocupação com a segurança, o interesse da TV falou mais alto.
Como Corinthians e Santos jogam no sábado, Globo e Band ficariam sem nenhuma partida para transmitir às 16h de domingo em caso de antecipação das partidas dos outros grandes do Estado. A Ponte Preta confirmou que as emissoras pediram a manutenção do calendário.
Na segunda-feira, o Palmeiras anunciou que, por recomendação da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP), o seu jogo contra o XV de Piracicaba, no Allianz Parque, passou das 16h para as 11h. Diretor de Segurança e Prevenção da FPF, o coronel Marcos Marinho disse que se a manifestação e a partida ocorressem simultaneamente a PM teria dificuldades para dividir o seu contingente. Além disso, os eventos poderiam acarretar sobrecarga no transporte público. Em São Paulo, os protestos estão marcados para as 14h, no vão do Masp, na avenida Paulista.