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A jornada espetacular de Giannis Antetokounmpo

O título do Bucks na NBA fez nascer um novo (e definitivo) gigante

O mundo começa a olhar para a Olimpíada de Tóquio, mas convém não perder de vista um feito esportivo extraordinário. Na última terça-feira, 20, o grego radicado nos Estados Unidos, Giannis Antetokounmpo, fez história ao se tornar o sétimo jogador – e apenas o sétimo – a fazer 50 pontos num jogo das finais da NBA.

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Ao conquistar o título, ele se tornou um dos atletas mais bem sucedidos da história da liga. Não é difícil imaginar que tenha assegurado lugar entre os grandes nomes do esporte. Afinal, quase ninguém conquistou tanto e tão jovem, com apenas 26 anos. A estrela do Milwaukee Bucks já tem uma carreira digna do hall da fama do basquete.

Antetokounmpo teve um começo de trajetória sem muitas expectativas. Foi a décima quinta escolha no draft de 2013. Demorou um pouco para alcançar o estrelato, mas depois que desencantou, teve uma ascensão impressionantemente veloz. Foi nomeado o Most Improved Player (jogador que mais evoluiu) de 2017 e dois anos depois, em 2019, recebeu as honras de MVP (jogador mais valioso). Na temporada seguinte repetiria esse feito, além de ganhar o troféu de melhor defensor do ano. Entre tantos prêmios individuais, o único que faltava era o título de campeão, que os Bucks não ganhavam havia 50 anos.

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Milwaukee derrotou o Phoenix Suns por 105 a 98 -
Milwaukee derrotou o Phoenix Suns por 105 a 98 – Barry Gossage/Getty Images

A rigor, o time só apresentou chances reais de vencer a liga a partir de 2019, mas acabou eliminado pelo Toronto Raptors nas finais da conferência oeste. Em 2020 sofreu uma derrota ardida contra o Miami Heat. Apesar da decepção, foi algo normal para uma equipe montada em torno de jogadores que evoluíram dentro do clube, todos sem muita experiência prévia na pós temporada e que apenas recentemente haviam começado a apresentar chances reais de conquistar títulos.

Após bater na trave nas últimas temporadas, ala/pivô foi peça fundamental para a conquista -
Após bater na trave nas últimas temporadas, ala/pivô foi peça fundamental para a conquista – Justin Casterline/Getty Images

Agora, contudo, as expectativas eram modestas. A formação do supertime do Brooklyn Nets e a excelente temporada do Philadelphia 76ers apresentavam ainda mais desafios no caminho até as finais. O Bucks, porém, derrotou fantasmas do passado ao atropelar o Miami em 4 jogos na primeira fase. Depois disso foi a vez do favorito Brooklyn Nets, liderado por Kevin Durant, James Harden e Kyrie Irving ser tirado de cena. A série teve sete eletrizantes jogos que poderiam ter acabado de maneira muito diferente caso Durant calçasse um sapato um pouco menor. Nas finais de conferência contra o Atlanta, que havia superado todas as expectativas ao ter derrotado Philadelphia na fase anterior, os Bucks ganharam em seis jogos. Antetokounmpo sofreria uma séria lesão que poderia ter acabado com sua temporada.

Mas ele não só voltou para as finais, como jogou sem aparentar nenhum problema. Giannis realizou lances históricos, como um toco numa tentativa de enterrada do Deandre Ayton no final do jogo 4 que empataria a partida com um minuto sobrando no relógio, ou a ponte aérea no final do jogo 5: após uma roubada de bola nos segundos finais, o grego quase bateu a cabeça na tabela para buscar um passe e aumentar a vantagem para três pontos. Vale mencionar também a performance de 50 pontos que deu o título de campeão à cidade de Milwaukee pela primeira vez desde 1971. Foi uma jornada espetacular.

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O que ele pode conquistar no futuro ninguém sabe, só o tempo dirá, mas as chances de seu legado só aumentar é alta e muito empolgante. Não há dúvida: seu currículo não deixa nada a desejar se comparado ao de um mito dos anos 1980, Magic Johnson.

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