O Corinthians trabalha para resolver, antes da abertura da próxima janela de transferências, no próximo dia 5, as pendências financeiras que resultaram em um transfer ban imposto pela Fifa e em restrições internas na CBF. Para voltar a registrar jogadores, o clube precisa quitar ou renegociar dívidas internacionais e nacionais que, somadas, ultrapassam a casa dos R$ 150 milhões.
O transfer ban internacional foi aplicado por inadimplência no pagamento ao Santos Laguna, do México, referente à contratação do zagueiro Félix Torres. A dívida gira em torno de R$ 36 milhões, valor que inclui juros e encargos. A diretoria tenta um acordo para reduzir esse montante, especialmente a parte relacionada a multas, como forma de viabilizar a regularização imediata.
Além desse caso, o clube também foi punido por atraso no pagamento de direitos de imagem ao meia Matías Rojas, com débito estimado em R$ 41,2 milhões. A solução encaminhada passa pelo parcelamento da dívida, condição necessária para que a sanção seja retirada.
Enquanto essas pendências não forem resolvidas, o Corinthians segue impedido de registrar novos atletas em competições internacionais e nacionais sob a chancela da FIFA.
O bloqueio na CBF
Paralelamente à punição internacional, o Corinthians enfrenta um bloqueio na CNRD, órgão da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) responsável por litígios financeiros no futebol brasileiro. Essa restrição decorre de atrasos em pagamentos a clubes, empresários e jogadores no mercado interno.
O montante cobrado no âmbito nacional é estimado em R$ 76 milhões, com destaque para a dívida com o Cuiabá, de cerca de R$ 18 milhões, referente à contratação do volante Raniele. O clube aposta no pagamento de parcelas já acordadas (próxima com vencimento em janeiro) para demonstrar boa-fé e obter a liberação para novas contratações no Brasil.





