Luis Enrique justifica que não quer êxito do companheiro de profissão por torcida pela Espanha, mas elogia a carreira do italiano
Técnico finalista da Champions League com o Paris Saint-Germain, o espanhol Luis Enrique afirmou nesta sexta-feira, 16, que não torcerá pelo sucesso do italiano Carlo Ancelotti no comando da seleção brasileira. Em entrevista concedida na véspera do último jogo da Ligue 1, o treinador do PSG, conhecido pelo bom humor e declarações incomuns, provocou o companheiro de profissão.
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“Não desejo sucesso nem ao Brasil nem a Ancelotti, porque quero que minha seleção (Espanha) tenha sucesso”, iniciou dizendo, para depois atenuar:
“Acho que nunca houve um técnico com uma carreira parecida com a de Carlo Ancelotti. Ele é uma ótima pessoa dentro e fora de campo. É muito positivo que um italiano possa treinar o Brasil. É uma combinação muito positiva”.
Antigo rival de Carleto na primeira passagem do italiano pelo Real Madrid, enquanto treinador do Barcelona, Luis Enrique dirigiu a Espanha entre 2018 e 2022, deixando o cargo após a eliminação nas oitavas de final da Copa do Mundo do Catar. Ele foi substituído por Luis de la Fuente, então treinador da equipe sub-21, e que em 2024 conduziria a Fúria ao título da Eurocopa na Alemanha.
Antes da manifestação de Luis Enrique sobre o acordo, outros ex-jogadores como oucraniano Andriy Shevchenko, o francês David Trezeguet e o uruguaio Diego Godín já haviam comentado o acerto durante o 75º Congresso da Fifa, realizado em Luque, no Paraguai.
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“Já é uma grande vitória para o Brasil assinar com um dos mais importantes e influentes treinadores nos últimos 20 anos. Carlo é fantástico, mas, acima de tudo, um ser-humano incrível. O Brasil tem um talento incrível, sempre teve o objetivo de vencer a Copa do Mundo”, opinou Shevchenko.
“Sabemos que até houve estrangeiro antes, mas é um pouco atípico que nações recorram a esse tipo de solução. Quando falamos de Ancelotti, no entanto, estamos falando de um treinador com um talento único e seus troféus, seus títulos ganhados demonstram a sua qualidade. Todos esperamos que o Brasil volte a ser uma seleção dominante”, afirmou Trezeguet.
Ancelotti foi anunciado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) no último dia 21. Um dia depois, o treinador confirmou o acerto em uma entrevista coletiva concedida antes de uma partida do Real Madrid por LaLiga, mas disse que evitaria o assunto nos últimos momentos pelo clube espanhol.
Multicampeão por Milan, Real Madrid, Chelsea, PSG, entre outros, Carlo Ancelotti será o quarto treinador estrangeiro da história da seleção brasileira, sucedendo o uruguaio Ramón Platero, o português Joreca e o o argentino Filpo Núñez.
Apesar da decisão da última quinta-feira, 15, que afastou Ednaldo Rodrigues da entidade, o cronograma não muda para a chegada do treinador. O Brasil precisa enviar a chamada “lista larga”, com 50 a 60 jogadores convocáveis para as próximas partidas das Eliminatórias da Copa do Mundo, até domingo. O anúncio oficial, com os 23 nomes sai só em 26 deste mês. O diretor de seleções Rodrigo Caetano e o coordenador técnico Juan chegaram a Madri, na Espanha, e teriam uma reunião com o treinador do Real.
A seleção brasileira enfrenta a equatoriana em 5 de junho, em Guayaquil; e, cinco dias depois, pega a paraguaia, na Neo Química Arena, em São Paulo, já pela 16ª rodada das Eliminatórias. O Brasil é o quarto colocado com 21 pontos. Equador (23) e Paraguai (21) são respectivamente segundo e quinto colocados.
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