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Uruguai está contra a parede – e promete escapar de novo

Pressionado e sem o capitão Lugano, o time celeste precisa bater a Inglaterra na quinta. Para o técnico Tabárez, sufocos superados no passado deverão ajudar

“Sempre tratamos de defender nossa imagem e de fazer com que os outros saibam que somos uma seleção difícil, que tem caráter”, disse Cavani no Itaquerão. “Se eles quiserem ganhar, terão de lutar muito”

A seleção uruguaia chegou à Copa do Mundo do Brasil despertando nos anfitriões o inevitável temor do fantasma de 1950. Para quem temia (ou até torcia para) uma repetição da final entre as equipes no Maracanã, a estreia do time celeste no torneio foi um balde d’água fria. A surpreendente derrota para a Costa Rica fez aparecer outro tipo de assombração: a de uma eliminação precoce, logo na primeira fase, em caso de uma derrota para a Inglaterra, na quinta-feira, no Itaquerão, em São Paulo. Para o técnico Óscar Washington Tabárez, a situação não é nada confortável – mas se há uma equipe preparada para encarar essa encrenca, ela é o Uruguai. “Já saímos de muitas situações difíceis no passado”, avisou o treinador. “Sabemos que ainda não estamos fora e que �a situação é muito clara: enfrentam-se duas equipes que precisam vencer num quadro de quase eliminação. Há uma chance, e este grupo sabe bem que é preciso perseguir as oportunidades que aparecem diante de nós. Nós lutaremos até o fim para conseguir o que queremos.”

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O atacante Edinson Cavani, que deverá fazer dupla de ataque com Luís Suárez na quinta (o artilheiro do Liverpool está recuperado de contusão, mas não teve sua escalação confirmada por Tabárez), adotou o mesmo tom do treinador. “Saímos de muitos outros momentos difíceis”, disse o atleta do PSG, remanescente das belas campanhas uruguaias na Copa do Mundo de 2010 (quarto lugar) e na Copa América de 2011 (campeão). Para chegar ao Mundial da África do Sul, porém, o time celeste precisou disputar a repescagem, e o mesmo aconteceu no caminho até a Copa deste ano. Acostumados a jogar sob fortíssima pressão, com a obrigação de conseguir o resultado, os uruguaios falam em encarar mais esse desafio com a tradicionalíssima garra celeste. “Sempre tratamos de defender nossa imagem e de fazer com que os outros saibam que somos uma seleção difícil, que tem caráter”, disse Cavani, mandando um recado aos ingleses. “Se quiserem ganhar, terão de lutar muito.”

Tabárez elogiou bastante a adversária de quinta – e acha que sua equipe poderá ressurgir muito mais confiante se superar a Inglaterra. “É uma equipe com forte vocação ofensiva, quatro atletas muito rápidos na frente e um organizador de jogo muito experiente e inteligente, que é o Gerrard”, analisou o veterano treinador, que não esconde a preocupação com o quarteto formado por Rooney, Sterling, Welbeck e Sturridge. O uruguaio acha que o English Team “tem uma atitude de jogo muito direta e pragmática”, e que este será o jogo que selará o destino de sua equipe no restante da competição. “Neste tipo de competição, há enorme equilíbrio e a diferença entre a vitória e a derrota às vezes é mínima. Somos muito conscientes de que será uma dura prova para nós, e se a superarmos, o que é possível, sairemos mais do que fortalecidos, numa situação bastante diferente da que trouxemos para esse jogo.” O desfalque confirmado dos uruguaios é o capitão Diego Lugano, machucado, cujo substituto não foi revelado por Tabárez. Não se sabe também quem ficará com a braçadeira na ausência do raçudo zagueiro que fez história no São Paulo.

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