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Uma janela para o futuro da seleção

Mas atenção, porque é possível que uma humilhada Espanha enfrente o Brasil nas oitavas. Antes há o México

A Copa do Mundo tem 64 jogos. O campeão faz sete partidas. E, no entanto, em apenas dois dias e quatro disputas, as dos grupo A e B, na quinta e na sexta, abriu-se uma avenida de claras possibilidades, uma extraordinária janela para o futuro. Se o Brasil vencer o México de Peralta na terça-feira – Peralta, que marcou o gol da vitória por 1 a 0 contra Camarões; o mesmo Peralta que fulminou duas vezes a seleção canarinho na final da Olimpíada de Londres -, vai assegurar o primeiro lugar de seu grupo e possivelmente escapar, nas oitavas, da Holanda de Robben e Van Persie, responsáveis por um dos mais espetaculares segundos tempos de qualquer equipe numa Copa do Mundo. Os holandeses massacraram a Espanha por 5 a 1, depois de empate por 1 a 1 no primeiro tempo. Deixaram a rainha nua, na mais acachapante derrota de uma seleção campeã do mundo na primeira rodada da Copa seguinte. Mas é conveniente lembrar que em 2010 a Espanha de Iniesta também estreou com uma derrota para a Suíça, por 1 a 0.

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Mas 5 a 1? “Humilhação mundial”, resumiu o diário esportivo espanhol Marca. Tudo deu errado, o celebrado toque de bola foi atropelado pela velocidade dos holandeses e seus gols extraordinários – o primeiro, de Van Persie, ao empatar a partida com um peixinho cinematográfico, já faz parte de qualquer antologia. Em 1950, quando o Brasil venceu a Espanha por 6 a 1 no Maracanã, os torcedores começaram a cantar uma marchinha de sucesso de 1938, Touradas em Madri, de Braguinha e Alberto Ribeiro: “Caramba! Caracoles! Não me amoles, pro Brasil eu vou fugir”. Na tarde de sexta-feira em Salvador, o canto foi substituído por gritos óbvios de olé e vaias para o brasileiro naturalizado espanhol Diego Costa, atacante do Atlético de Madrid. Na quarta-feira os espanhóis enfrentam o Chile. A torcida brasileira é para um novo tropeço ibérico, que os tiraria de vez da Copa. Mesmo ferida pela vingança holandesa contra a derrota da final de 2010, com um campeão mundial é bom não brincar.

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