Técnico não concordou com redução de salário proposta. Substituto ainda não foi anunciado pelo clube, que só volta a jogar no próximo sábado
O Flamengo anunciou, neste sábado, a demissão do técnico Dorival Júnior, que comandava o clube desde julho do ano passado. Embora o clube venha de maus resultados – ficou fora da decisão da Taça Guanabara, o primeiro turno do Campeonato Carioca, e estreou na Taça Rio, o segundo turno, com derrota por 3 a 2 para o Resende -, o motivo foi financeiro: o técnico não chegou a um acordo com o clube para a redução de seu salário, que ainda teria um reajuste a partir de julho.
Dorival até aceitou receber menos, mas não tanto quanto o clube desejava. “Depois de dois meses de conversas com o objetivo de repactuar os termos do contrato firmado no ano passado, o Flamengo e o técnico Dorival Júnior, apesar de terem evoluído nas negociações, não conseguiram chegar a um acordo final satisfatório para ambas as partes. A rescisão contratual reafirma a decisão da nova diretoria em trabalhar pelo equilíbrio financeiro do clube, para poder honrar os compromissos com o pagamento dos salários, impostos e fornecedores”, afirmou o Flamengo, em nota oficial.
Leia também:
Neymar espanta a fase ruim e Santos bate o Guarani
Manchester United bota a mão na taça do Inglês
Elogios – Na mesma nota, o vice-presidente de futebol, Wallim Vasconcellos, enche o técnico de elogios. “Dorival sempre desenvolveu seu trabalho pautado na ética, profissionalismo e na manutenção da filosofia de formação de atletas das categorias de base, sendo responsável pelo excelente ambiente do futebol profissional”, discursou o dirigente.
O clube ainda não definiu o substituto, e não há tanta pressa porque o time só volta a jogar no próximo sábado, contra o Boavista, no Engenhão. O discurso de austeridade afasta, ao menos oficialmente, a hipótese de contar com Mano Menezes, desempregado desde sua saída da seleção brasileira, em novembro – considerado um nome top no mercado, dificilmente seu salário se encaixaria num padrão mais comedido de gastos estabelecido pelo presidente do clube desde a virada do ano, Eduardo Bandeira de Mello. Contratado pela gestão anterior, de Patrícia Amorim, Dorival comandou o Flamengo por pouco mais de sete meses, em 37 jogos, com 15 vitórias, 12 empates e 10 derrotas (aproveitamento de 51,3%).
Acompanhe VEJA Esporte no Facebook
(Com Estadão Conteúdo)