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Seleção pode testar mudança – assim como em 94 e 2002

Parreira e Felipão já mudaram time no decorrer de uma Copa. Possível entrada de Ramires no lugar de Hulk fortaleceria setor que tem preocupado a comissão

“Os outros jogadores, apesar das características diferentes, também podem acrescentar algumas coisas à equipe. Tenho 23 atletas e eles foram bem escolhidos. Não haverá problema se o Hulk não puder jogar”, disse Felipão

A possível ausência de Hulk, que só saberá no vestiário se enfrenta ou não o México, nesta terça-feira, no Castelão, pode antecipar algo que muitos já esperavam na seleção brasileira – uma mudança no time titular no decorrer da Copa do Mundo, algo que já aconteceu em várias outras edições do torneio, inclusive em campanhas comandadas por Carlos Alberto Parreira (atual coordenador técnico) e Luiz Felipe Scolari (de volta ao cargo de técnico). Com o camisa 7 como dúvida, por causa de um incômodo muscular sentido há alguns dias, num treino na Granja Comary, o caminho fica aberto para a entrada de atletas que têm sido elogiados por Felipão. As opções mais prováveis são Ramires, Willian e Bernard – e o primeiro dessa lista já tem ensaiado várias vezes sua entrada no onze inicial. No início da tarde, a possibilidade mais forte na seleção era, de fato, a escalação de Ramires no lugar de Hulk, que já estaria liberado para jogar mas seria poupado.

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Hulk foi titular absoluto na ótima campanha da seleção na Copa das Confederações, no ano passado, e manteve o nível de suas atuações nas convocações mais recentes. Desde o início da reta final da preparação para a Copa, porém, Felipão começou a mostrar uma crescente preocupação com a proteção à sua defesa, que julga estar mais vulnerável aos contra-ataques do que no ano passado. Isso se comprovou nos amistosos antes da Copa e também na estreia no Mundial, contra a Croácia, partida em que a equipe levou vários sustos no sistema defensivo. Ao mesmo tempo em que reconhece a necessidade de ajustar a marcação, Felipão elogia com frequência a versatilidade e dinâmica de jogo de Ramires, que não estava na campanha de 2013 mas voltou à seleção com muito prestígio com o chefe, que já disse várias vezes que pode usá-lo em várias formações diferentes. No treino de segunda, no próprio Castelão, foi ele quem ocupou o lugar de Hulk.

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Kléberson e Mazinho – Com Ramires reforçando o meio, Felipão ganha em poder de marcação e passa a depender menos do apoio de outro volante, Paulinho, ao ataque – o atleta do Tottenham tem sido mais discreto do que no ano passado na função de elemento surpresa do setor ofensivo. Felipão já efetuou uma mudança de natureza similar na campanha do penta, em 2002, quando disputou a primeira fase e as oitavas de final com Juninho entre os titulares e só Gilberto Silva como volante. Depois de levar alguns sustos contra a Bélgica nas oitavas, Felipão reforçou o meio com Kléberson nas quartas, semi e final, e foi campeão. O coordenador Parreira iniciou a trajetória rumo ao tetra, em 1994, com Raí dividindo a armação do jogo com Zinho, a formação que havia levado a seleção à Copa (Raí foi um dos destaques das Eliminatórias). No meio do caminho, com o camisa 10 e capitão em mau momento, o volante Mazinho tomou a posição.

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Seja qual for a decisão do técnico nesta terça, Felipão deixa claro que não hesitará em usar o elenco todo e explorar diferentes opções de jogo. “Sem o Hulk, perco um pouco do entrosamento de uma equipe que vem jogando junta há muito tempo”, admitiu o treinador. “Mas os outros jogadores que eu tenho para a posição, apesar das características diferentes, também podem acrescentar algumas coisas à equipe. Tenho 23 atletas e eles foram bem escolhidos. Não haverá problema algum se o Hulk não puder jogar.” O capitão Thiago Silva arrancou risadas do técnico ao dizer que ele pode escolher o substituto, em caso de desfalque, “de olhos fechados”. É justamente o contrário: Felipão está extremamente atento à possibilidade de aproveitar a ausência de um de seus titulares para testar soluções para algumas falhas do time. Quem mais deve se preocupar é Hulk – se depender do histórico de Scolari e Parreira, a ausência nesta terça pode até significar assistir ao resto� da Copa do banco de reservas.

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