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Saída pela direita: o atalho da seleção nesta Copa

A seleção brasileira só restaurou sua reputação diante das concorrentes com o título da Copa das Confederações, no ano passado – mas o marco inicial dessa recuperação ocorreu um pouco antes, no amistoso contra a Inglaterra, no Estádio do Maracanã. Até aquele momento, Luiz Felipe Scolari fazia uma campanha apenas razoável em seu retorno ao […]

A seleção brasileira só restaurou sua reputação diante das concorrentes com o título da Copa das Confederações, no ano passado – mas o marco inicial dessa recuperação ocorreu um pouco antes, no amistoso contra a Inglaterra, no Estádio do Maracanã. Até aquele momento, Luiz Felipe Scolari fazia uma campanha apenas razoável em seu retorno ao cargo. No duelo com os ingleses, porém, Felipão encontrou a base do time que acabou triunfando na competição – e ele tinha Neymar numa função nova, mais centralizado, deixando de se restringir ao lado esquerdo do campo. Desde então, Neymar variou de posição, dependendo do adversário – mas na estreia na Copa do Mundo, na quinta, contra a Croácia, ele repetiu a função exercida no encontro com os ingleses, deixando Oscar pela faixa lateral do gramado. O camisa 11 foi a peça-chave do jogo pela direita, mas não foi só ele quem se destacou por aquele lado. Os números do jogo dentro do banco de dados da Opta, líder mundial no registro detalhado dos grandes jogos do futebol internacional, mostram que a seleção encontrou no lado direito seu caminho para virar a partida contra os croatas. Se na Copa das Confederações o entrosamento da dupla Marcelo-Neymar fez com que o Brasil concentrasse seu jogo pela esquerda, no primeiro jogo da Copa a equipe teve melhor desempenho pelo outro lado. Na estreia, os jogadores que mais trocaram passes foram Daniel Alves e Oscar (o lateral acionou o meia nada menos de 22 vezes) e Thiago Silva e Daniel (o zagueiro saiu jogando com o lateral em 21 ocasiões). Apesar de não ter feito um grande jogo, Paulinho, que também concentra suas ações por ali, também foi importante para fazer a bola passar pelo setor. O corredor direito, portanto, virou a válvula de escape do time num jogo em que a seleção custou a criar bons ataques. As estatísticas mostram que o Brasil também conseguiu mais dribles e finalizações pelo lado direito – o que também ajuda a explicar por que Hulk, solitário na esquerda, não agradou tanto aos torcedores.

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(Giancarlo Lepiani)

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