Ex-jogador e membro do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014, Ronaldo rebateu críticas nesta quarta-feira em seu perfil no Twitter, por causa da divulgação de um vídeo antigo, no qual aparece defendendo a aplicação de investimentos para realização do Mundial no Brasil. No vídeo de 2011, Ronaldo questionou a divisão dos recursos direcionados para a organização da competição, e chegou a dizer em certo momento: “Não se faz Copa do Mundo com hospital.” E defendeu a construção dos estádios que serão palco do Mundial. “Está sendo gasto também muito dinheiro com saúde, segurança, mas a gente vai receber Copa do Mundo e sem estádio não faz Copa do Mundo, meu amigo”, disse Ronaldo no vídeo.
Ao falar sobre o vídeo, resgatado nas redes sociais, Ronaldo disse que o mesmo foi usado de forma “muito tendenciosa” na versão que foi propagada na internet. “Um pessoal postou um vídeo editado com declarações minhas sobre a Copa de dois anos atrás. Posso de fato não ter me expressado tão bem e a edição que eu vi na internet é bastante tendenciosa. Era outro contexto. Não é justo usar como se fosse dito essa semana.”
Em seguida, Ronaldo escreveu ser a favor das manifestações e que é contra a corrupção. “A Copa é uma incrível oportunidade para o Brasil. Chance de atrair atenção, investimento, turismo e mais mil coisas. Mas isso não obriga a deixar de investir em questões sociais prioritárias como saúde, educação, transporte, segurança, e etc. Afinal, não temos Copa do Mundo desde 1950 e não foi por isso que atingimos excelência em nenhuma dessas causas. São 63 anos sem a Copa e não se viu bilhões destinados às questões sociais.”
Ronaldo questionou ainda qual seria a situação do Brasil se não recebesse a Copa de 2014. “Duvido que nosso país estaria uma vírgula melhor se não tivesse sido escolhido para fazer o Mundial.”
E falou que não tem responsabilidade sobre como os recursos estão sendo destinados pelo governo para a realização do Mundial. “Não sou responsável pela administração do dinheiro público e repudio a corrupção. Tenho sentido orgulho de ver os protestos pacíficos e democráticos pelo país, espero que se espalhem cobrando, todos os anos, a melhor gestão do gasto público.”