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Rafael Silva e César Cielo ganham bronzes com sabores diferentes em Londres

Londres, 3 ago (EFE).- O Brasil viveu um dia bronzeado nos Jogos Olímpicos de Londres, com as duas medalhas conquistadas nesta sexta-feira, com Rafael Silva no judô e César Cielo na natação, contudo, além disso, a vela já assegurou uma medalha, com Robert Scheidt e Bruno Prada. A jornada olímpica começou com o último dia […]

Londres, 3 ago (EFE).- O Brasil viveu um dia bronzeado nos Jogos Olímpicos de Londres, com as duas medalhas conquistadas nesta sexta-feira, com Rafael Silva no judô e César Cielo na natação, contudo, além disso, a vela já assegurou uma medalha, com Robert Scheidt e Bruno Prada.

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A jornada olímpica começou com o último dia de competições no judô. Era a vez dos pesos-pesados, pelo menos 78kg entre as mulheres e 100kg entre os homens. No feminino, Maria Suelen Altheman, brigou muito e chegou à disputa do bronze, mas acabou derrotada pela chinesa Wen Tong.

Com duas vitórias e uma derrota, coube a Rafael Silva ir brigar pela medalha de bronze contra o sul-coreano Sung-Min Kim. Pela quarta vez na competição, o brasileiro precisou decidir no ‘golden score’, onde vence a luta quem pontuar primeiro. O ‘Baby’, como é conhecido, viu o adversário ser punido duas vezes e venceu o duelo por um yuko.

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Os últimos ouros no tatame foram para Cuba e França, com Idalys Ortiz e Teddy Riner, respectivamente. Os russos, contudo, saíram como os grandes vencedores dos tatames. Foram três ouros, uma prata e um bronze, em seis dias de competições.

César Cielo, por sua vez, lutava pelo bicampeonato olímpico nos 50 metros nado livre. Em pouco mais de 20 segundos, o nadador deixou de ser o dono do ouro. Com um final espetacular, o francês Florent Manaudou venceu a prova. O americano Cullen Jones ficou com a prata, na prova que o brasileiro Bruno Fratus ficou na quarta colocação.

Nas piscinas, como já se tornou rotina durante cada dia de disputa da natação, o grande nome foi Michael Phelps. A sexta-feira foi o dia a 21ª medalha, com o ouro – o 17º – nos 100 metros borboleta, em prova que ele saiu da sétima colocação, no meio da prova, para o topo do pódio.

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Amanhã, no último dia de disputas, o americano volta a cair na água, pela última vez na carreira, segundo ele mesmo já anunciou, na final do revezamento 4×100 medley, em que pode dar mais um ouro para a natação dos Estados Unidos.

Quem também virou atração é a mãe de Phelps, que tem roubado a cena, se tornando alvo das câmeras, pelas suas expressões de emoção e comemorações a cada resultado do filho nas piscinas.

Nas águas, também brilhou a americana Missy Franklin, que derrubou o recorde mundial dos 200 metros costas. A sensação, de apenas 17 anos, fez o tempo de 2min04s06. Nos 800 metros livre, outra grande vitória de uma ‘menina’ americana: Katie Ledecky, de 15 anos, que ficou a meio segundo da melhor marca da história na prova.

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Outro ícone do esporte que brilhou intensamente nos Jogos Olímpicos foi o suíço Roger Federer, que chegou a final do torneio de simples, após uma batalha épica com o argentino Juan Martín del Potro, vencida por 2 sets a 1, com parciais de 3-6, 7-6(5) e 19-17, no novo recorde de duração nos Jogos com quatro horas e 26 minutos.

Na decisão, ele reencontrará Andy Murray, contra quem decidiu o torneio de Wimbledon. O britânico, empurrado pela torcida bateu Novak Djokovic por 2 sets a 0, em 7-5 e 7-5. A derrota ainda impediu que o sérvio disputasse com Federer a liderança do ranking mundial.

Ainda sobre o Brasil, a vela já garantiu uma medalha para o país. Robert Scheidt e Bruno Prada foram primeiro e terceiro nas regatas desta sexta-feira na classe Star, estão em segundo na classificação geral e só podem ser ultrapassados por uma dupla apenas. No domingo, disputam a prova final, buscando superar os britânicos Iain Percy e Andrew Simpson.

Nos esportes coletivos, foi dia das meninas partirem para a disputa, e foram mais derrotas do que vitória, algumas que se transformaram em amargas eliminações.

Pela manhã, a seleção de vôlei venceu a China, por 3 sets a 2, com parciais de 25-16, 20-25, 25-18, 28-30 e 15-10. A vitória apertada foi fundamental para manter as brasileiras vivas na disputa. O que não aconteceu com o basquete, que perdeu por 79-73 para o Canadá, e com o futebol, derrotada por 2 a 0 para o Japão, e estão fora dos Jogos Olímpicos. Japonesas, francesas, americanas e canadenses, seguem na disputa pelo título.

No handebol, a derrota não fez estrago grande, já o 31 a 27 para a Rússia, atrapalhou no objetivo de conquistar a primeira colocação da chave. No vôlei de praia, vitórias com Juliana e Larissa e Pedro Cunha e Ricardo, que se classificaram para as quartas de final. A surpresa na modalidade foi a eliminação dos americanos Dalhausser e Rogers, atuais campeões olímpicos.

A sexta-feira foi de primeiras provas do atletismo, no Estádio Olímpico de Stratford. O nome de maior destaque do Brasil foi Mauro Vinicius da Silva, que saltou 8m11, a melhor marca da eliminatória do salto em distância. Na prova, o campeão olímpico, o panamenho Irving Saladino, queimou os três saltos e foi eliminado precocemente.

A honra de conquistar o primeiro ouro no atletismo dos Jogos de Londres foi do polonês Tomasz Majewski, conhecido no seu país como ‘gigante silencioso’, que foi campeão no arremesso de peso. A outra medalha de ouro foi para a etíope Tirunesh Dibaba, que depois de uma arrancada espetacular, venceu os 10 mil metros, sendo ovacionada pelas 80 mil pessoas que lotaram o Estádio Olímpico.

Sem vitórias, dois atletas escreveram seus nomes na história: o catariano Noor Hussain al Malki, e a saudita Wojdan Shaherkani, foram as primeiras mulheres a competir pelos seus países. O caso da segunda foi ainda mais expressivo, já que ela precisou de autorização para competir com o hijab. Sua luta durou apenas um golpe, mas ela se tornou um símbolo para as mulheres de seu país.

Além disso, pela primeira vez desde o início dos Jogos Olímpicos, os Estados Unidos assumiram a liderança do quadro de medalhas, com um ouro a mais que a China (21 a 20). Em terceiro está a Coreia do Sul, com nove ouros. A Grã Bretanha vai subindo e já está em quarto, com oito vitórias. EFE

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