Parreira: ‘Não somos um time violento’
“Se ele ficasse parado lá na frente, olhando o adversário jogar, ele não cometeria nenhuma falta”, disse o coordenador, sobre Neymar A aplicação tática é com certeza um destaque da seleção brasileira nesta Copa das Confederações. O time está marcando em cima seus adversários, sufocando-os e não lhes dando muitos espaços. Na segunda-feira, em entrevista […]
“Se ele ficasse parado lá na frente, olhando o adversário jogar, ele não cometeria nenhuma falta”, disse o coordenador, sobre Neymar
A aplicação tática é com certeza um destaque da seleção brasileira nesta Copa das Confederações. O time está marcando em cima seus adversários, sufocando-os e não lhes dando muitos espaços. Na segunda-feira, em entrevista coletiva, o goleiro Júlio César afirmou que era do técnico Luiz Felipe Scolari a orientação de “parar o jogo, sem violência, para o time se rearmar taticamente”, e que isso havia possibilitado uma redução no número de gols sofridos, principalmente em contra-ataques. Nesta terça, porém, o coordenador técnico da seleção, Carlos Alberto Parreira, que acompanhou a entrevista coletiva do treinador Luiz Felipe Scolari no Mineirão, desmentiu tal orientação, com um ar de irritação sobre a pergunta. “O Brasil está fazendo o que todo mundo faz, e com benefícios. O Brasil não teve ninguém suspenso com dois cartões amarelos, não teve nenhum jogador expulso. Não existe isso de time violento. Time violento é aquele que tem jogadores expulsos. Aqui ninguém pede pra parar jogadas”, disse Parreira. Sobre Neymar, curiosamente o jogador mais faltoso da equipe na Copa das Confederações, com catorze faltas, Parreira elogiou a atitude do atacante. “É normal, isso mostra que ele está participando do jogo. Se ele ficasse parado lá na frente, olhando o adversário jogar, ele não cometeria nenhuma falta. Futebol é um esporte de contato. Ele está ajudando o time a recuperar a bola. Evidentemente os atacantes não são tão jeitosos para fazer um desarme quanto os defensores. Mas isso mostra interesse e dedicação. Não estamos preocupados com as faltas.”
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