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Na aviação, visão limitada não enxerga 2014

Nos estados da região Sul, é “serração”; em outras partes do país, “neblina” ou “nevoeiro”. Seja qual for o termo adotado, é parte da rotina dos aeroportos brasileiros, principalmente durante o inverno – a estação em que, por sinal, acontece a Copa do Mundo, entre junho e julho de 2014. Com a necessidade de longos […]

Imagina na Copa

Nos estados da região Sul, é “serração”; em outras partes do país, “neblina” ou “nevoeiro”. Seja qual for o termo adotado, é parte da rotina dos aeroportos brasileiros, principalmente durante o inverno – a estação em que, por sinal, acontece a Copa do Mundo, entre junho e julho de 2014. Com a necessidade de longos deslocamentos pelo país – a tabela do torneio prevê partidas em pontos tão distantes como Porto Alegre e Manaus, ou Curitiba e Fortaleza -, torcedores, cartolas, organizadores, funcionários, jornalistas e até os jogadores estarão sujeitos às variações do clima. Na manhã desta quinta-feira, um grande fluxo de visitantes e profissionais envolvidos na Copa das Confederações – incluindo representantes da Fifa e integrantes do Comitê Organizador Local (COL) – deixaram as cidades de Fortaleza e Recife, onde aconteceram os jogos de quarta, a caminho do Rio de Janeiro, palco da partida entre Espanha e Taiti, a partir das 16 horas. Mas os “atrasos meteorológicos”, como dizem, em repetição sem fim, os monitores da Infraero, atrapalharam os embarques rumo à cidade que receberá a final do torneio (e a decisão do Mundial no ano que vem). O problema também estragou os planos de quem estava deixando o Rio a caminho de Salvador, onde o Brasil faz sua próxima partida, contra a Itália, no sábado. As condições atmosféricas fogem ao controle das autoridades do setor aéreo, evidentemente. Mas os aeroviários de várias cidades muito prejudicadas pelos atrasos nas manhãs de inverno dizem que não é só culpa dos humores do clima: equipamentos defasados tornam a situação ainda pior. Em Porto Alegre, por exemplo, muitos torcedores se atrasaram para o último amistoso do Brasil antes do torneio, contra a França, por causa da “serração”. Pilotos que fazem as rotas que passam pelo Aeroporto Salgado Filho dizem que ele raramente ficaria fechado caso fosse equipado com os instrumentos mais avançados. Na Copa das Confederações, com presença tímida de torcedores estrangeiros e fluxo muito menor de viajantes, o impacto do problema é limitado. No ano que vem, contudo, as longas esperas nas cadeiras das salas de embarque poderão se transformar numa das marcas do Mundial para os visitantes.

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(Giancarlo Lepiani, de Brasília)

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