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Missão olímpica portuguesa acusa velejadora luso-brasileira após desistência

Lisboa, 1 ago (EFE).- A missão olímpica de Portugal nos Jogos de Londres acusou nesta quarta-feira a velejadora brasileira naturalizada portuguesa Carolina Borges, que desistiu do torneio horas antes do início, de ‘omissões, falsidades e contradições’ e garantiu que desconhecia a ‘hipotética gravidez’ da atleta. Em comunicado divulgado hoje em Lisboa, os representantes portugueses refutaram […]

Lisboa, 1 ago (EFE).- A missão olímpica de Portugal nos Jogos de Londres acusou nesta quarta-feira a velejadora brasileira naturalizada portuguesa Carolina Borges, que desistiu do torneio horas antes do início, de ‘omissões, falsidades e contradições’ e garantiu que desconhecia a ‘hipotética gravidez’ da atleta.

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Em comunicado divulgado hoje em Lisboa, os representantes portugueses refutaram as recentes declarações que Carolina deu ao jornal ‘A Bola’.

Nascida no Rio de Janeiro, a velejadora revelou que abandonou na última terça-feira os Jogos Olímpicos por estar grávida de três meses e pela falta de ‘apoio financeiro e moral’ da representação portuguesa.

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Em nota, a delegação portuguesa nega atrasos no pagamento da bolsa olímpica e afirmou que houve um ‘erro da atleta na entrega dos dados para a transferência bancária’.

Carolina, que comunicou sua decisão de abandonar os Jogos por e-mail quatro horas antes de começar a competição, disse na mesma entrevista que se tivesse um treinador, ‘a coisa teria sido diferente’ e assumiria ‘o risco’ de competir.

‘O enquadramento técnico da vela é da responsabilidade exclusiva da Federação Portuguesa de Vela, que o faz por classes e não por atletas. Por isso há um treinador responsável por essa classe’, respondeu a missão lusa.

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‘A atleta está obrigada pelo contrato assinado a reportar toda a situação clínica, o que nunca fez. A sua capacidade ou incapacidade para competir teria de ser avaliada pelo departamento médico da Missão Portuguesa, sendo esta a única entidade com competência para tal parecer’, completa a nota, sobre a gravidez de Carolina.

Os representantes portugueses nos Jogos Olímpicos de Londres consideraram também que a velejadora mostrou sempre um grande distanciamento do grupo e destacaram que sempre foi difícil contatá-la.

A missão olímpica afirmou ter tido contato com a brasileira naturalizada na manhã de hoje, mas quando o Chefe de Missão se identificou, a atleta desligou de imediato a chamada sem dizer mais nenhuma palavra.

‘Apenas e só o não cumprimento dos regulamentos levou à decisão de retirar sua credencial’, argumentou a delegação.

O inesperado abandono da brasileira naturalizada causou rebuliço em Portugal, sendo publicado nos principais veículos de comunicação do país.

Casada com o velejador americano da Classe Star Mark Mendelblatt, Carolina participava dos Jogos pela primeira vez com a seleção portuguesa. Em Atenas 2004, ela compôs a equipe brasileira.

Neta de um português que emigrou para o Brasil, a velejadora tinha optado por representar o país de seu avô porque, segunda ela, queria homenageá-lo com uma medalha. EFE

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