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Mano aprova a ‘raiva gostosa’ da seleção depois das vaias

Para o técnico, equipe soube usar cobranças para crescer na goleada contra a China. Treinador anuncia novidades para os dois amistosos contra a Argentina

A convocação desta segunda

GOLEIROS

Jefferson (Botafogo), Cássio (Corinthians)

DEFENSORES

Dedé (Vasco), Rever (Atlético-MG), Rhodolfo (São Paulo), Lucas Marques (Botafogo), Marcos Rocha (Atlético-MG), Fábio Santos (Corinthians), Carlinhos (Fluminense)

MEIAS

Arouca (Santos), Paulinho (Corinthians), Ralf (Corinthians), Fernando (Grêmio), Thiago Neves (Fluminense), Jadson (São Paulo), Lucas (São Paulo), Bernard (Atlético-MG)

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ATACANTES

Neymar (Santos), Luís Fabiano (São Paulo), Leandro Damião (Internacional), Wellington Nem (Fluminense)

Assim como a torcida do Recife, o técnico da seleção brasileira, Mano Menezes, gostou do resultado do amistoso contra a China – uma goleada avassaladora, 8 a 0, na noite desta segunda-feira, no Estádio do Arruda. Mais do que o placar, no entanto, o que deixou o treinador satisfeito foi a postura da equipe depois de enfrentar duras críticas na partida anterior, contra a África do Sul, em São Paulo. Na avaliação dele, o grupo soube lidar bem com as cobranças, transformando essa forte pressão em motivação para jogar bem contra os chineses. “A seleção brasileira trouxe uma raiva gostosa do jogo em São Paulo. E isso é necessário para uma equipe ser vencedora”, afirmou. Mano destacou também o fato de sua equipe não ter se acomodado depois de marcar os primeiros gols da partida. “Mesmo com o jogo definido, a seleção não se contentou com o resultado em nenhum momento. Eles queriam mostrar sua capacidade, já que estamos sofrendo críticas, que são justas.”

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O técnico evitou um discurso de euforia em função do resultado – a maior goleada da seleção desde 2006, quando a equipe marcou 8 a 0 num combinado antes da Copa do Mundo da Alemanha. “Um jogo não é capaz de nos dar todas as respostas, e isso vale tanto para uma goleada quanto para quando a gente vai mal. Sei que muitos vão desvalorizar nossa vitória por causa do adversário.” Ele também destacou a boa recepção da torcida do Recife, admitindo que a seleção foi até mais aplaudida do que deveria, em função de seu momento pouco animador. “É muito bom jogar no Brasil, ter o apoio dos torcedores. Foi talvez até acima da expectativa.” Ao analisar a China, Mano lembrou do retrospecto recente do rival desta segunda. “Esperávamos um adversário muito fechado, mas fizemos o primeiro gol cedo. Encontramos facilidade para construir o resultado, mas essa mesma China jogou bem contra a Espanha e a Suécia”, ressaltou.

Mudanças e novidades – A alteração no time titular, que entrou com Hulk no lugar de Leandro Damião, foi aprovada, mas Mano acredita que precisa de mais tempo antes de uma transição definitiva para o esquema sem um centroavante fixo. “Já tinha feito isso contra o México, quando vencemos por 2 a 1. Precisamos testar essa formação contra outros adversários mais fortes.” Hulk, aliás, foi elogiado pelo técnico. “Gostei do desempenho da seleção como um todo, e o Hulk esteve nesse contexto positivo. Ele vem comprovando que tem mérito para vestir a camisa da seleção. Foi o Dunga que o convocou pela primeira vez, e agora estamos dando uma continuidade maior a ele.” Ao fim de sua entrevista coletiva, Mano Menezes convocou os jogadores que defenderão a seleção no Superclássico das Américas, o torneio amistoso de dois jogos contra a Argentina, em 19 de setembro (em Goiânia) e 3 de outubro (em Resistencia). Apenas jogadores que atuam no país foram chamados.

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Mano manteve na lista muitos dos atletas que já têm sido convocados para a equipe principal, como Neymar, Leandro Damião, Jefferson, Lucas e Dedé, mas abriu vagas para vários jogadores que vêm se destacando no Brasileirão, como Bernardo (Atlético-MG), Thiago Neves (Fluminense) e Luís Fabiano (São Paulo). O artilheiro da equipe paulista, aliás, teve seu nome gritado pela torcida no jogo contra a África do Sul. Questionado sobre sua opção por Luís Fabiano no lugar de Fred, outro cotado para voltar ao time, Mano garantiu que não se tratava de uma retaliação contra o jogador do Fluminense, que reclamou da falta de oportunidades na seleção. O técnico disse que gosta de jogadores com personalidade, mas que preferiu o camisa 9 da seleção na Copa da África do Sul, um atacante mais versátil, porque já tem uma opção de jogador mais fixo na área, com Leandro Damião. Entre as maiores novidades da lista estão Lucas Marques, do Botafogo, Marcos Rocha, do Atlético-MG, Carlinhos, do Fluminense, e Fernando, do Grêmio (no quadro acima, a relação completa).

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