Equipe do Tigre diz que foi ameaçada por arma de fogo
Alegando falta de segurança, argentinos não voltaram para o segundo tempo da final da Copa Sul-Americana, contra o São Paulo
Jogadores e integrantes da comissão técnica do Tigre afirmaram terem sido ameaçados por armas de fogo no vestiário do Morumbi, durante o intervalo da decisão da Copa Sul-Americana, contra o São Paulo, na noite de quarta-feira. O time argentino alegou falta de segurança para voltar a campo e retomar a partida no segundo tempo, o que acabou deixando o título com o time brasileiro.
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“Os seguranças entraram no vestiário e sacaram um revólver. Depois veio a polícia”, acusou o lateral Lucas Orban, em entrevista ao canal Fox Sports. A afirmação foi repetida pelo goleiro Damián Albil. “Foi incompreensível”. Integrante da comissão técnica do Tigre, Jorge Borrelli também apontou a presença de armas no vestiário. “Tenho vinte anos de futebol e nunca vi algo assim. Foi uma loucura. Nunca vi uma confusão como essa. Nunca imaginei que a partida fosse terminar desse jeito”, declarou. Atletas e membros da comissão ainda apontaram marcas de sangue nas paredes do vestiário.
O Sâo Paulo sustenta que os seguranças do clube apenas evitaram que os jogadores argentinos invadissem o vestiário da equipe do Morumbi para brigar com os são-paulinos.
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Versão da PM – As alegações dos argentinos foram desmentidas pelos policiais militares presentes no Morumbi. A polícia negou a presença de armas de fogo no vestiário e explicou que só entrou no vestiário para conter uma briga generalizada entre jogadores do Tigre e seguranças do São Paulo. “Tinha gente machucada dos dois lados, do time do Tigres e dos seguranças”, disse um dos policiais. Responsável pelo policiamento do jogo, o major Gonzaga reforçou a versão da PM. “Não houve constatação de ninguém armado de ambas as partes”, afirmou.
Ao final da partida, parte dos envolvidos no tumulto foi encaminhada para prestar depoimento no DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa).
(Com Estadão Conteúdo)