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Em Seul-88, prata chega em campanha sem dinheiro para lavar roupa

Ídolo do futebol internacional, Romário chegou ao auge em 1994 com a conquista da Copa do Mundo, mas a sua carreira teve uma brecha: a falta do título olímpico. Seis anos antes, o Baixinho comandou o ataque verde-amarelo na campanha da prata em Seul, só que o sonho do lugar mais alto do pódio acabou […]

Ídolo do futebol internacional, Romário chegou ao auge em 1994 com a conquista da Copa do Mundo, mas a sua carreira teve uma brecha: a falta do título olímpico. Seis anos antes, o Baixinho comandou o ataque verde-amarelo na campanha da prata em Seul, só que o sonho do lugar mais alto do pódio acabou com a derrota na decisão diante da extinta União Soviética por 2 a 1 na prorrogação. A curiosidade daquela época foi o aperto financeiro vivido pela delegação, algo impensável para o time da atualidade comandado por Neymar.

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‘Nós fomos para a Olimpíada e não tínhamos dinheiro nenhum à disposição. Para você ter ideia, o presidente da Sul-americana teve de emprestar dinheiro para lavarmos a roupa’, recorda Carlos Alberto Silva, técnico brasileiro na ocasião. ‘E o grupo aceitou jogar sem nenhuma gratificação’, completa.

As dificuldades para a comissão técnica não pararam por aí. Carlos Alberto Silva sofreu o prejuízo pela perda de dois atletas na véspera do torneio, em situação diferente, por exemplo, do caso do recente corte do goleiro Rafael, por causa de uma lesão. ‘Eu tive a promessa de que contaria com o Valdo e o Ricardo Rocha, mas eles não voltaram de Portugal quando foram acertar suas transferências’, diz..

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A campanha brasileira até a decisão foi sólida, com vitórias na primeira fase contra Nigéria (4 a 0), Austrália (3 a 0) e Iugoslávia (2 a 1). Nas quartas de final, o difícil triunfo por 1 a 0 diante da Argentina. Na etapa seguinte, vitória contra a Alemanha Ocidental nos pênaltis.

Na final, o Brasil chegou a sentir o gosto da medalha de ouro ao abrir o placar com Romário, aos 30 minutos do primeiro tempo. Na etapa final, levou o empate de Dobrovolski, aos 17 minutos, e acabou castigado com o tento de Savichev, ainda na fase inicial da prorrogação. ‘Na decisão, também não contamos com o Ademir e o Geovanni no meio-campo, opções que fizeram muita falta’, comenta Carlos Alberto Silva.

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A principal virtude da campanha brasileira em Seul esteve no comprometimento do grupo em busca da medalha. Carlos Alberto Silva exalta até mesmo Romário, conhecido por polêmicas na carreira em saídas noturnas e fugas da concentração. Em 1988, o Baixinho preferiu a conduta responsável na caminhada olímpica.

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‘O Romário não deu problema nenhum em toda a excursão que fizemos, tudo que a gente mandava ele fazia, dava bronca nos companheiros. Sinto pela derrota na final porque aquele grupo merecia um resultado melhor’, cita Carlos Alberto Silva.

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