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Cristiane vê esporte nacional horrível e pede apoio de longo prazo

Titular na derrota diante do Japão nas quartas de final dos Jogos Olímpicos, Cristiane pediu a elaboração de um projeto a longo prazo para estruturar o futebol feminino brasileiro. Após a partida disputada em Cardiff (País de Gales) nesta sexta-feira, a atacante da Seleção ainda se referiu a outros esportes e classificou a situação como […]

Titular na derrota diante do Japão nas quartas de final dos Jogos Olímpicos, Cristiane pediu a elaboração de um projeto a longo prazo para estruturar o futebol feminino brasileiro. Após a partida disputada em Cardiff (País de Gales) nesta sexta-feira, a atacante da Seleção ainda se referiu a outros esportes e classificou a situação como ‘horrível’.

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‘A gente sempre procura aprender alguma coisa com as derrotas, mas para a nossa modalidade não basta apenas os atletas pensarmos em coisas diferentes. Precisa ter um projeto a longo prazo para acontecer alguma coisa. Hoje, o futebol feminino tem que começar do zero para tentar mudar alguma coisa em 2015 e 2016’, reclamou.

No cenário nacional, a situação do futebol feminino é desanimadora. A única competição organizada pela CBF é a insossa Copa do Brasil, disputada de março a junho, e o Santos, que chegou a montar um time feminino, campeão da Copa Libertadores, encerrou as atividades.

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‘Em São Paulo, tem o Campeonato Paulista, mas e nos outros estados? No Rio de Janeiro não tem mais equipes’, apontou, antes de se referir a um contexto mais amplo. ‘Nosso esporte em geral está horrível. O que a gente tem hoje? Olha o quadro de medalhas. Que apoio a gente tem hoje no nosso esporte em geral?’, questionou.

Com a vitória sobre o Brasil nas quartas de final, Japão e França brigarão pelo direito de disputar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres. Ainda vivos no torneio, os dois países foram citados pela atacante Cristiane como exemplo de evolução recente e eficaz.

‘O futebol feminino em geral vem crescendo. Só no Brasil que está regredindo, e a gente sempre tem que ficar arrumando alguma coisa para falar na hora da entrevista. Tivemos apoio por dois ou três meses da CBF, mas tem que ser um apoio a longo prazo. Não dá para ser um apoio em cima da competição, no ano da competição’, afirmou.

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A derrota diante da Grã-Bretanha no último jogo da primeira fase provocou o confronto com as japonesas. Em Cardiff, o Brasil manteve a posse de bola durante a maior parte do tempo, mas vacilou ao permitir uma cobrança de falta rápida que proporcionou o primeiro gol do time asiático e não conseguiu mais reagir.

‘Futebol não faltou. Mas teve desatenção mais uma vez, não dá para ficar comentendo sempre o mesmo erro. É complicado. O Japão é atual campeão mundial e tem muita estrutura. Só doação, talento, vontade e persistência não bastam’, finalizou a atacante.

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