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Conmebol ratifica o título do São Paulo e fala em punições

Tigre divulga fotos de jogadores feridos, mas confederação confirma decisão

A delegação do Tigre desembarcou em Buenos Aires e deu sequência às reclamações sobre as agressões sofridas por seus jogadores – que chamaram a atenção de todos pela postura violenta e hostil desde a primeira partida da final

Diante das especulações surgidas na Argentina sobre a legitimidade do título do São Paulo na Copa Sul-Americana, conquistado depois de uma tumultuada final na quarta-feira, em São Paulo, contra o Tigre, a Conmebol decidiu se manifestar mais uma vez para tentar resolver o assunto. Em nota oficial divulgada na noite de quinta-feira, a entidade ratifica o clube brasileiro como campeão da Copa Sul-Americana, abafando os rumores sobre a possibilidade de o Tigre conseguir reverter a decisão. Os argentinos seguem fazendo acusações contra os brasileiros, mas não conseguem explicar como a confusão ocorrida no intervalo do jogo impediu que a equipe continuasse na partida. Até na Argentina a equipe parece encontrar dificuldades para convencer – a federação local, por exemplo, se diz solidária ao clube, mas não dá sinal nenhum de que fará qualquer coisa na prática para ajudá-lo. O São Paulo, que segue atribuindo aos argentinos a culpa pelo tumulto, se diz absolutamente tranquilo.

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De acordo com a Conmebol, o árbitro Enrique Osses tentou, “em reiteradas oportunidades”, convencer a equipe argentina a retornar ao gramado para o segundo tempo. Após 50 minutos (15 minutos regulamentares mais 30 de espera), ele aplicou o regulamento, considerando o jogo concluído com o resultado de 2 a 0 a favor do time brasileiro, “o que significou a consagração do São Paulo FC como campeão”, diz a nota oficial. O texto lembra que os finalistas faziam uma partida normal dentro do aspecto esportivo. A confusão começou após o primeiro tempo, com troca de empurrões entre os adversários – Lucas provocou um jogador que tinha causado um ferimento em seu nariz, e os argentinos tentaram iniciar uma confusão generalizada. Os jogadores do Tigre chegaram até a perseguir os atletas brasileiros na entrada do túnel que leva ao vestiário do São Paulo. Já no intervalo, os argentinos alegam que foram agredidos por seguranças do São Paulo – que, por sua vez, dizem que apenas impediram uma tentativa de invasão do vestiário do mandante.

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Imagens do vestiário do Tigre no estádio do Morumbi após final contra o São Paulo pela Copa Sul-Americana
Imagens do vestiário do Tigre no estádio do Morumbi após final contra o São Paulo pela Copa Sul-Americana VEJA

Como a briga só foi contida mais tarde pelos policiais, não há uma versão definitiva sobre o fato. O caso será investigado, já que representantes dos dois clubes envolvidos na confusão prestaram depoimento e fizeram exame de corpo de delito na madrugada de quinta. À espera de esclarecimentos definitivos, com provas, a Conmebol não descarta punições. Na nota divulgada na quinta, a entidade diz que “está empenhada em reunir todas as informações das autoridades do jogo e dos clubes com o propósito de constituir com claridade a realidade dos acontecimentos, a fim de aplicar as sanções”. Os dois clubes estão classificados para a próxima edição da Copa Libertadores. Retirar a vaga na principal competição continental, que é também organizada pela Conmebol, é uma das punições especuladas desde a partida no Morumbi. O abandono de jogo é considerado uma infração grave nos regulamentos das competições esportivas e pode até provocar longos períodos de suspensão. A Conmebol, porém, é conhecida por ser pouco rigorosa na hora de punir os clubes infratores.

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‘Barbárie’ – A delegação do Tigre desembarcou em Buenos Aires no início da tarde de quinta e deu sequência às reclamações sobre as agressões sofridas por seus jogadores – que chamaram a atenção de todos pela postura violenta e hostil desde a primeira partida da final – no Estádio do Morumbi. Logo após o retorno à Argentina, a assessoria de imprensa do clube publicou na internet fotos do que considera uma “barbárie” cometida por “animais” no Brasil. Uma montagem de imagens inclui o capitão Galmarino arranhado no braço, além do goleiro Albil com um ferimento no peito, entre outros registros. A Federação Argentina de Futebol (AFA) disse que está do lado do clube, mas aparentemente não fará nada pela equipe. “A AFA apoiará o Tigre, mas não vai mandar em nada, porque não temos nada a ver com a decisão”, diz Miguel Silva, secretário geral da federação, à imprensa argentina, rebatendo as reclamações de Sérgio Mazza, homem forte do futebol do Tigre.

(Com agência Gazeta Press)

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