Ceni discorda, mas técnico e time admitem ânimo maior com sua volta
Rogério Ceni não atribui sua volta após sete meses sem jogar ao empenho mostrado pelo São Paulo na goleada sobre o Flamengo, neste domingo. Mas os atletas admitem a influência da presença do capitão em campo, assim como Ney Franco, que chegou a falar do camisa 01 como um treinador dentro de campo. ‘Todos sabem […]

Rogério Ceni não atribui sua volta após sete meses sem jogar ao empenho mostrado pelo São Paulo na goleada sobre o Flamengo, neste domingo. Mas os atletas admitem a influência da presença do capitão em campo, assim como Ney Franco, que chegou a falar do camisa 01 como um treinador dentro de campo.
‘Todos sabem do histórico do Rogério dentro do São Paulo. Por fora, sempre tive uma visão dele como líder, e no dia a dia agora vejo realmente que é um jogador diferenciado não só na técnica. Ele ajuda o treinador em campo. É muito importante sua volta neste momento, e ele nos atendeu não só tecnicamente, mas como um capitão na mobilização do grupo para este jogo’, afirmou o técnico.
Rhodolfo, um dos capitães da equipe enquanto o goleiro se recuperava de cirurgia no ombro direito, foi bem claro ao concordar com a análise de que, com o ídolo, o time mostra mais ânimo em campo. ‘O Rogério é um cara que conversa bastante e nos dá muita confiança’, apontou.
Só Ceni discordou. ‘O comportamento e o desejo de vencer são de cada um. Cada ser humano é único. O que aconteceu hoje (domingo) é o que estava no interior de cada atleta’, disse, já discursando, porém, por dedicação sempre. ‘Você pode jogar o quanto for, se não houver entrega nem sair morto de campo como esses caras saíram, não consegue nada.’
Mais do que motivar, como fazia nas partidas do Morumbi mesmo machucado, o goleiro, agora, ajusta o time em campo. ‘O Rogério entende muito do plano tático e se comunica bem principalmente com o setor defensivo, na conversa em campo para o posicionamento dos zagueiros e dos alas. É um porta-voz do treinador dentro de campo’, considerou Ney Franco.
O técnico só tomou cuidado para desvalorizar o que considera seu maior trunfo nestes cinco primeiros jogos no clube: empenho. ‘O Rogério ajuda muito, mas não posso esquecer a entrega deste time contra o Figueirense, quando jogou muito bem. Os três últimos jogos foram de entrega, embora sem resultado positivo diante do Atlético-GO. Os jogadores entraram com espírito totalmente diferente aos meus dois primeiros jogos, contra o Palmeiras e, principalmente, o Vasco’, falou Ney Franco.