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Casillas, o levantador de taças, vem aí. Com algo a provar

Colocado na reserva do Real Madrid pelo português José Mourinho, o ídolo e capitão da seleção espanhola vai tentar mostrar que não perdeu a majestade

Os 13 de 2013

Depois de uma década de serviços prestados à seleção espanhola, na qual levantou a taça Fifa na Copa do Mundo de 2010 e os troféus das Eurocopas de 2008 e 2012, seria uma insanidade dizer que Iker Casillas chega para a disputa da Copa das Confederações pressionado. Mas o fato é que a controversa decisão de José Mourinho de mandar o goleiro para o banco do Real Madrid acabou por colocar o capitão da Espanha na berlinda. Mesmo que o técnico Vicente del Bosque tenha afirmado que a camisa titular ainda lhe pertence, Casillas sabe que a sombra de Victor Valdés cresce a cada dia, especialmente depois das boas atuações do arqueiro do Barcelona com a Fúria. A fim de manter o posto na Copa de 2014, portanto, é imperativo que o madrilenho mostre nos campos brasileiros que a reserva no clube não afetou seu ritmo de jogo. E, se as suas mãos puderem erguer o tesouro que ainda falta no cofre da federação espanhola, melhor ainda.

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Número 1 do Real Madrid desde 1999, quando tinha apenas 18 anos, Casillas contou com um acidente bizarro para iniciar seu até agora duradouro reinado na meta da seleção espanhola. Às vésperas da Copa de 2002, o então titular Santiago Cañizares derrubou um vidro de perfume na concentração e viu um caco rasgar um de seus tendões do pé esquerdo. Diante da trapalhada, o treinador José Antonio Camacho decidiu apostar no jovem talento do Real – e o resto virou história. Considerado um grande pegador de pênaltis, Casillas ostenta um recorde aparentemente insuperável: não sofreu nenhum gol nas fases finais dos três torneios internacionais vencidos pela Espanha – um total de doze jogos entre Eurocopa e Copa do Mundo. Aliás, no último campeonato europeu de seleções, na Ucrânia e Polônia, o goleiro simplesmente não foi vazado nos sete jogos da campanha.

Com o Real Madrid, Casillas venceu duas Ligas dos Campeões e cinco Campeonatos Espanhóis, entre outros inúmeros torneios. Individualmente, vem sendo escolhido para o time do ano da Uefa de forma consecutiva nas últimas seis temporadas – na seleção da Fifa, foi selecionado nas últimas cinco. Tão importante quanto as conquistas, porém, é a influência que o capitão exerce sobre os comandados, no clube ou na seleção. Disciplinado e discreto, lidera pelo exemplo. Por isso o assombro generalizado quando José Mourinho o substituiu por Diego López. Quando voltar do Brasil, em julho, Casillas não encontrará mais pela frente seu algoz, já que o treinador português foi demitido pela diretoria do Real. De qualquer forma, com a excelente fase de López, que teve participações decisivas na reta final da temporada, Casillas terá de suar a camisa para recuperar a posição. Prova que, no futebol, nem os grandes craques estão livres da operária tarefa de matar um leão por dia.

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Copa do Mundo de 2010

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Eurocopa de 2012

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Real Madrid

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Defesas de pênaltis

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