Bayern protesta, mas cede Dante e Luiz Gustavo à seleção
Clube acusa CBF de fazer ‘terror psicológico’ ao forçar apresentação da dupla
“A pressão sobre eles foi desumana e desonesta. Mais que qualquer outra coisa, eu acho que isso tudo foi muito injusto, porque os atletas foram colocados numa situação inaceitável”, disse Rummenigge
O zagueiro Dante e o volante Luiz Gustavo serão liberados ainda nesta quinta-feira para a viagem da Alemanha para o Brasil, onde se juntarão à seleção para a disputa da Copa das Confederações. A decisão foi tomada pelo diretor-executivo do Bayern de Munique, Karl-Heinz Rummenigge, depois de o cartola não ter conseguido convencer a CBF a permitir que os dois jogadores ficassem no clube para disputar a final da Copa da Alemanha, contra o Stuttgart, no sábado. A apresentação da dupla ainda não tem data e horário definidos, mas eles estarão no grupo de Luiz Felipe Scolari, que está concentrado no Rio de Janeiro, no máximo até sexta-feira. O Bayern criticou publicamente a CBF pela pressão para que os atletas fossem liberados antes da final. Mesmo não tendo razão – a seleção estava amparada pelas regras da Fifa ao pedir a chegada dos jogadores -, o clube alemão, vencedor da última Liga dos Campeões, manifestou publicamente sua insatisfação.
Leia também:
Brasil inicia seus treinamentos no Rio com sete desfalques
Jogamos com a Cafusa, bola oficial da Fifa. Ela não gostou
Ingressos: torcedor que seguiu recomendação levou a pior
De Kaká a Neymar, a lacuna entre gerações atrapalha Brasil
Acompanhe VEJA Esporte no Facebook
O estatuto da Fifa determina que um jogador convocado por uma seleção para competições oficiais da entidade deve se apresentar 14 dias antes do início efetivo da disputa. No caso da Copa das Confederações, marcada para acontecer entre 15 e 30 junho, esse prazo termina às 16 horas de sábado. Depois disso, o atleta perde a condição legal de jogo por seu time. Para que pudessem jogar a decisão pelo Bayern, Dante e Luiz Gustavo teriam de contar com uma permissão oficial da CBF, enviada à Fifa por escrito. Como a entidade se negou a fazer isso – pelo contrário, já que trocou várias correspondências com o clube alemão e sempre manteve a posição de exigir a presença dos jogadores -, o campeão europeu não teve alternativa senão liberar os atletas. A CBF contou até mesmo com o apoio explícito da Fifa, que enviou uma correspondência ao Bayern de Munique reiterando a obrigatoriedade de liberar os jogadores.
(Com Estadão Conteúdo)