São Paulo completa 200 jogos de Libertadores; relembre os mais marcantes
Tricolor Paulista completa duas centenas de aparições no torneio nesta quinta-feira, 4, contra o Talleres, na Argentina, com vasta história; saiba tudo
O São Paulo está de volta à Libertadores após dois anos de ausência. Tricampeão da competição e segundo brasileiro com mais participações – são 22, ao lado do Grêmio, dois a menos que o Palmeiras -, o Tricolor Paulista enfrenta nesta quinta-feira, 4, o Talleres, no estádio Mário Kempes, em Córdoba, na Argentina (saiba onde assistir). A partida marca o jogo de número 200 do clube na competição.
Vencedor em 1992, 1993 e 2005, o time que já contou com nomes históricos como Rogério Ceni, Raí e Müller em suas campanhas também já bateu na trave em outras três ocasiões: foi vice em 1974, 1994 e 2006.
Em quantidade de títulos, o Tricolor está empatado com os compatriotas Palmeiras, Flamengo, Grêmio e Santos, além do paraguaio Olimpia e do uruguaio Nacional.
Em participações entre os brasileiros, porém, só perde para o Palmeiras, que está em sua 24ª. Em jogos, comparando com os rivais do país, está atrás apenas do Verdão e do Imortal.
Quando entrar em campo pela primeira rodada, a equipe do MorumBis escreverá mais uma página gloriosa na competição. Para celebrar o número histórico alcançado, PLACAR relembra fatos marcantes. Confira;
5 JOGOS GLORIOSOS
Primeira partida da final de 1974
Disputando sua primeira final do torneio, o São Paulo venceu o jogo inaugural diante do Independiente, da Argentina: 2 a 1 no Pacaembu, com gols de Pedro Rocha e Mirandinha. O triunfo foi consolidado após o time argentino sair na frente no placar.
Nos jogo seguinte, vitória por 2 a 0 dos argentinos em Avellaneda provocando um terceiro confronto, de desempate. Em Santiago, novo triunfo do Independiente por 1 a 0.
Segunda partida da final de 1992
Após ser derrotado pelo Newell’s Old Boys por 1 a 0 em Rosário, o São Paulo usou a força do Morumbi para correr atrás do placar. Com Telê Santana no banco de reservas, além de lendas como Zetti, Cafu, Raí, Muller e Palhinha, a equipe devolveu o 1 a 0 com um gol de Raí, de pênalti.
Nas penalidades, conquistou o título vencendo por 3 a 2. Foi a primeira vez que a América foi pintada de vermelho, branco e preto.
Primeira partida da final de 1993
Defendendo o título, o São Paulo manteve a mesma base de 1992 e não deu chances para o azar. Logo no primeiro confronto, com o Morumbi lotado, o Tricolor goleou a Universidad Católica, do Chile por 5 a 1, encaminhando o bicampeonato. Os gols foram marcados por López, contra, Vitor, Gilmar, Raí e Müller.
Na volta, ainda perdeu por 2 a 0, mas levou a taça para casa.
Segunda partida da final de 2005
Doze anos depois do segundo troféu, o São Paulo voltou à decisão diante do Athletico Paranaense (então Atlético Paranaense, sem a letra “h”). Depois de um empate por 1 a 1, o Tricolor goleou o Furacão no Morumbi por 4 a 0 com gols de Amoroso, Fabão, Luizão e Diego Tardelli.
Foi o primeiro tricampeonato da competição de uma equipe brasileira.
Segundo jogo da semifinal de 2005
Antes de conquistar vaga na final, o São Paulo precisou eliminar o gigante River Plate. Após ganhar o primeiro jogo por 2 a 0, o time treinado por Paulo Autuori fez história em Buenos Aires ao vencer por 3 a 2, com direito a gol do zagueiro Fabão, em chute de fora da área.
5 JOGOS DECEPCIONANTES
Vice de 1974
Apesar da vitória no primeiro jogo, em São Paulo, e da derrota no segundo confronto, em Buenos Aires, tudo estava em aberto até o tira-teima em Santiago. No dia 19 de outubro daquele ano, o Tricolor foi derrotado por 1 a 0, com gol de Pavoni, e precisou amargar o primeiro vice da competição.
A equipe são-paulina, treinada pelo argentino José Poy, contava com nomes como Waldir Peres, Pablo Forlán, Pedro Rocha e Mirandinha.
Eliminação em 1987
Classificado como campeão brasileiro de 1986, um esquadrão liderado por Pita, Silas, Careca e Müller decepcionou na Libertadores. A eliminação ainda na fase de grupos foi sacramentada com a derrota para o Cobreloa, do Chile, por 3 a 1.
Vice de 1994
Foi no Morumbi que 92.650 pessoas viram de perto escapar a chance do tricampeonato consecutivo. Depois de ser derrotado por 1 a 0 pelo Vélez Sarsfield no primeiro jogo, os tricolores devolveram o placar. Nos pênaltis, porém, fim do sonho.
Vice de 2006
A Libertadores e o clube do Morumbi estavam mais próximos novamente após a conquista de 2005, mas nem isso impediu a derrota para o Internacional em 2006. A primeira partida acabou com derrota são-paulina por 2 a 1 em casa. Na volta, um empate por 2 a 2, com falha de Rogério Ceni, impediu o que seria o tetracampeonato.
Eliminação em 2019
O São Paulo estava de volta à Libertadores após três anos. No entanto, antes da fase de grupos, o Tricolor precisava passar pela temida Pré-Libertadores. Contra o Talleres, adversário da estreia neste ano, foi derrotado na Argentina e não saiu do zero no Morumbi.
A ESTREIA
Contra o que era o atual campeão brasileiro, o São Paulo estreou na Libertadores diante do Atlético Mineiro. Em 1972, no Mineirão, os primeiros passos na competição foram contra o Galo, em um empate por 2 a 2. Terto fez o primeiro do clube na competição e Toninho Guerreiro fez o segundo.
O ÚLTIMO JOGO
Até o apito final do jogo contra o Talleres, o último do Tricolor na Libertadores foi um momento de tristeza para a torcida. Nas quartas de final de 2021, o São Paulo caiu para o arquirrival Palmeiras, no Allianz Parque, derrotado por 3 a 0.
A MAIOR VITÓRIA
A maior goleada da história são-paulina na Libertadores aconteceu em 2016. Pela fase de grupos, contra o Trujillanos, da Venezuela, o placar foi fechado em 6 a 0. O atacante argentino Jonathan Calleri, no atual elenco, marcou quatro vezes – e ainda perdeu um pênalti.
A MAIOR DERROTA
Contra o mesmo adversário da estreia na história, a pior derrota também foi contra o Atlético Mineiro. No confronto da volta das oitavas de final de 2013, o São Paulo perdeu por 4 a 1, no Independência, para o Galo que mais tarde se sagraria campeão da América.
AS ESTATÍSTICAS
- 199 jogos
- 96 vitórias
- 48 empates
- 55 derrotas
- 307 gols marcados
- 192 gols sofridos
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