Os destaques do Vélez, adversário do Flamengo na semifinal da Libertadores
Campeão em 1994, o 'Fortin' eliminou o favorito River Plate e conta com gols de Pratto e Janson, e estratégia de Cacique Medina para voltar a surpreender
Presente em duas das últimas três finais da Copa Libertadores, o Flamengo sonha com a vaga na decisão de 29 de outubro, em Guayaquil, no Equador, e para isso precisará eliminar na semifinal um adversário perigoso, o Vélez Sarsfield, da Argentina. “El Fortín”, como é conhecida a equipe de Buenos Aires, eliminou os compatriotas Talleres nas quartas e o favorito River Plate nas oitavas, e conta no elenco com nomes conhecidos no Brasil, como o técnico Alexander “Cacique” Medina, o atacante Lucas Pratto e o zagueiro Diego Godín.
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Campeão da América em 1994 ao evitar o tricampeonato do São Paulo no Morumbi, com uma equipe liderada pelo goleiro paraguaio José Luís Chilavert e pelo técnico Carlos Bianchi, o Vélez retorna à semifinal 11 anos depois de ser eliminado pelo Peñarol em 2011. O time do bairro de Liniers superou uma turbulência que levou à demissão do técnico Mauricio Pellegrino, no fim de março, e se reergueu com a chegada de Medina, contratado após passagem infeliz pelo Internacional.
O destaque do time é o ponta esquerda Lucas Janson, de 27 anos, vice-artilheiro da competição com sete gols, um a menos que o rubro-negro Pedro. Ele marcou o gol do triunfo por 1 a 0 sobre o River no Estádio José Amalfitani (o segundo jogo terminou empatado em 0 a 0 no Nonumental de Núñez) e fez mais dois na ida diante do Talleres, em vitória por 3 a 2 (ainda deu o passe para Júlian Fernández no 1 a 0 da volta em Córdoba).
O Vélez tem uma mescla interessante entre juventude e experiência. O zagueiro uruguaio Godín, de 36 anos, que recentemente deixou o Atlético-MG, tem sido reserva, mas o atacante Lucas Pratto, outro ex-Galo e São Paulo, e campeão em 2018 pelo River, é um dos líderes do time. Aos 34 anos, o “Urso” marcou dois gols em nove jogos desta edição. Na frente, ele tem a companhia de Walter Bou, ex-Boca, que ainda não marcou na competição.
O camisa 10 do time é o canhoto Luca Orellano, de 22 anos, uma das revelações do futebol argentino. O volante Máximo Perrone, de 19 anos, e o atacante Julián Fernández, de 18, são outras crias da base que vêm dando ótimos resultados e em breve devem render um bom dinheiro aos cofres de Liniers.
O Vélez foi de menos a mais na competição: com oitos pontos em seis jogos, terminou em segundo lugar no Grupo C, atrás do Estudiantes, e à frente do tradicional Nacional, do Uruguai, e do estreante Red Bull Bragantino. Agora, o time chega embalado, mas terá pela frente o elenco mais caro e temido do continente. Será que o Vélez repetirá a história de 1994, quando surpreendeu outro gigante rubro-negro, o Milan, na final do Mundial de Clubes?
Vélez e Flamengo já se enfrentaram 10 vezes, entre Libertadores, Mercosul e Supercopa da Libertadores, com seis vitórias da equipe brasileira, dois empates e dois triunfos argentinos. Um dos mais recordados foi a Supercopa de 1995, vencida pelo Flamengo no ano de seu centenário, com direito a batalha campal após troca de agressões entre Edmundo e Zandoná, com participação de Romário na confusão. Os times se encontraram na primeira fase da última Libertadores, com vitória por 3 a 2 do Flamengo no José Amalfitani e empate em 0 a 0 no Maracanã.
Os jogos de ida da semifinal estão programados para 30 de agosto e 1 de setembro, e os de volta para 6 e 7 de setembro. Por ter feito melhor campanha, o Flamengo decide a vaga no Rio de Janeiro.