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Análise: Galo enfrenta lesões e queda de rendimento antes de decisão

Atlético Mineiro passou por dias de empolgação assim que técnico Gabriel Milito assumiu, mas caiu de rendimento durante mês decisivo. Hoje, precisa vencer o San Lorenzo

BELO HORIZONTE – O Atlético Mineiro joga nesta terça-feira, 20, às 21h30 (de Brasília), na Arena MRV, a partida de volta das oitavas de final da Libertadores. Contra o San Lorenzo, da Argentina, o Galo entra em campo precisando vencer para se classificar para as quartas de final, após o empate em 1 a 1 na ida, em Buenos Aires.

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Ainda que mandante e com uma equipe mais badalada em comparação ao rival argentino, o Alvinegro chega longe de sua melhor forma. Nos últimos cinco jogos, são três empates, uma vitória e uma derrota – sendo o único êxito contra o CRB, pela Copa do Brasil.

A sequência atual é de três empates em enfrentamentos contra Cruzeiro, San Lorenzo e Cuiabá. Contra o time mato-grossense, no último sábado, 17, a equipe foi a campo sem muitos titulares, por escolhas da comissão técnica ou desfalques.

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Ausências importantes

O Atlético Mineiro vem sofrendo para escalar o “time ideal”. Desde a disputa da Copa América, entre junho e julho, convocações, suspensões e lesões fazem parte das dúvidas de Gabriel Milito na hora de mandar 11 jogadores a campo.

Hulk, atacante do Atlético Mineiro, está lesionado – Pedro Souza / Atlético

Entre ausências importantes recentes, destaque para a de Otávio, volante que ficou fora de ação entre maio e julho. Da mesma forma, o meio-campista Matías Zaracho segue enfrentando problemas físicos, sendo impedido de longos minutos, como confirmou o técnico em coletiva de imprensa após empate contra o Cuiabá.

Para agravar ainda mais a situação, o Galo conta com a lesão muscular de Hulk. Ídolo e referência técnica, o atacante está fora desde o fim de julho. Eduardo Vargas, seu reserva, também encara momento de dores no joelho, sendo desfalque desde o dia 7 de agosto.

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Mudanças no ataque

Sem o principal jogador do clube desde 2021, Gabriel Milito precisou “quebrar a cabeça”. Ao todo, já são cinco partidas, com o ataque formado de três maneiras diferentes.

Nos três primeiros jogos, Paulinho e Cadu foram escolhidos. Contra o San Lorenzo, no Nuevo Gasómetro, o centroavante Deyverson, contratado para suprir os muitos desfalques, foi titular ao lado de Paulinho.

Já contra o Cuiabá, em um “time misto”, Milito utilizou Deyverson junto do ponta Brahian Palacios, e dos meias Igor Gomes e Bernard. Paulinho, agora a referência técnica ofensiva, entrou na segunda etapa.

Paulinho, destacado, buscando se deslocar para criar, enquanto outros dois jogadores fazem “dupla” – Montagem sobre ESPN

No entanto, as mudanças não foram apenas nas peças, mas também, naturalmente, no modo de atacar. Artilheiro da equipe em 2024, Paulinho passou a acumular mais funções no momento da criação, ficando mais distante do gol, visto que antes dividia esse papel com Hulk – quando um descia para criar, o outro atacava o espaço.

Da mesma forma, encaixar Bernard tem sido uma dor de cabeça. Formado como um atacante de lado, ele voltou com outro posicionamento. Meia-armador, com mais ações por dentro, o camisa 20 ainda não conseguiu engatar uma boa sequência desde que foi repatriado.

Rendimento defensivo

Não é segredo que o Atlético de Gabriel Milito tem entre suas características a ofensividade. Time que ataca com diversos jogadores para buscar abrir a defesa adversária, o Galo tem o comportamento de pressionar logo após perder a posse.

Essa característica, no entanto, torna a equipe mais exposta. Desde que Milito assumiu, são 34 jogos e 42 gols sofridos. Ainda que os números ofensivos sejam positivos, visto os 56 gols marcados, a média de bolas vazadas por partida é de 1,23.

Partindo disso, é possível enxergar um padrão nas bolas em que levam perigo ao gol atleticano. O mais comum é quando a equipe consegue inverter rapidamente após quebrar a pressão pós-perda – ou algum momento de gatilho o time sobe suas linhas e encurta espaço.

Atlético de Milito cede contra-ataques por estilo ofensivo – Montagem sobre Premiere

Em um outro risco natural de assumir a postura ofensiva, também é comum ver situações de “um contra um” durante contra-ataques. O problema consegue ser minimizado a depender da velocidade dos defensores, mas ainda aparece como um ponto de atenção no momento de baixa do Atlético.

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