Atacante cumpriu suspensão contra o Equador e abre possibilidades para técnico acertar setor ofensivo diante do Paraguai, em São Paulo
O técnico Carlo Ancelotti terá até terça-feira, 10, o primeiro quebra-cabeças para resolver no comando da seleção brasileira: definir quem sairá e qual a melhor posição para a escalação de Raphinha, que volta de suspensão para a partida diante do Paraguai.
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Embalado pela melhor temporada da carreira – que terminou com 34 gols e 25 assistências em 57 partidas disputadas -, o atacante do Barcelona tem lugar assegurado entre os 11, mas quem desbancará?
A movimentação mais previsível é para que o camisa 11 ocupe o lugar de Estêvão na equipe. O jogador do Palmeiras é canhoto e atuou aberto pelo lado direito do ataque, justamente a função que Raphinha mais exerceu desde que passou a ser convocado com Tite em 2021. Mas há outros caminhos.
Apesar das 13 perdas de posse de bola durante o confronto em Guayaquil, Estêvão foi quem mais arriscou na tentativa de furar a forte defesa equatoriana, a melhor das Eliminatórias com apenas cinco gols sofridos.
Por isso, Raphinha pode também ficar com a vaga de Gerson para acrescentar a criatividade que faltou ao meio-campo formado por Bruno Guimarães e Casemiro no empate sem gols. Foram só três finalizações em pouco mais de 90 minutos jogados.
No trio ofensivo no clube catalão, ao lado de Robert Lewandowski e Lamine Yamal, ele jogou na maior parte do tempo aberto pelo lado esquerdo, mas por vezes também centralizado para servir aos companheiros como uma dupla.
Outra possibilidade para Ancelotti seria utilizar Estêvão como esse meia ofensivo mais centralizado, posição que já admitiu ser a sua preferida, mantendo Raphinha aberto do lado direito.
Estêvão durante treino na seleção brasileira – Rafael Ribeiro / CBF
“Estou certo que vamos melhorar a nível ofensivo. Até porque hoje faltou o Raphinha, um jogador muito importante”, lembrou Ancelotti durante a entrevista coletiva.
Na mesma entrevista, Ancelotti ainda elogiou o desempenho de Matheus Cunha, que entrou no segundo tempo, mas deu indícios que deve optar pela manutenção de Richarlison como 9.
“São dois jogadores diferentes. Com Matheus ficamos mais com a bola, com Richarlison é mais profundidade. Não chegaram boas bolas para ele, vinha jogando bem. Foi determinante a nível defensivo”, observou o treinador.
Na avaliação do italiano, o sistema defensivo brasileiro formado por Vanderson, Marquinhos, Alexsandro e Alex Sandro foi o mais destacado. “A nível defensivo fizemos um jogo muito bom, com boa atitude, organização. Não concedemos oportunidades, praticamente”.
A seleção brasileira já retornou a São Paulo onde realizará mais três atividades: no sábado, 7, no domingo, 8, e na segunda-feira, 9. A partida pela 16ª rodada das Eliminatórias ocorre na Neo Química Arena, às 21h45 (de Brasília).