A volta de Messi a Neymar: o reencontro da família real do futebol moderno
Em 2015, PLACAR colocou o brasileiro como coadjuvante do argentino no Barcelona; seis anos depois, a dupla se reencontra e quem é o coadjuvante?
Quando Messi e Neymar se aposentarem, talvez tenhamos maior noção do nível que a dupla atingiu durante anos no Barcelona. Juntos, fizeram uma das maiores uniões Argentina e Brasil dentro das quatro linhas, que virou capa de PLACAR em 2015 com a manchete: Rei Messi, Príncipe Neymar. Anos depois do craque brasileiro sair para o Paris Saint-Germain, Lionel decidiu vestir a camisa do clube francês e reeditar a dupla, mas agora sem um coadjuvante definido.
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Há seis anos, a diferença entre o camisa 10 argentino e o jogador revelado pelo Santos era grande. O primeiro já era melhor do mundo, havia encantado o planeta mais de uma vez e estava em casa, à vontade. Do outro lado, tinha um jovem de 23 anos, que depois de dominar o futebol brasileiro, estava se consolidando no mais alto nível. Era Rei e Príncipe; estrela e coadjuvante.
“Neymar hoje é um coadjuvante de luxo de Messi no Barcelona” – frase inicial do texto ‘O Sucessor’, de Tatiana Mantovani, Marcos Sergio Silva e Dimitrius Pulvirenti, na PLACAR de fevereiro de 2015.
No ano da publicação da revista, Neymar tinha acabado de passar pelo processo de adaptação na Catalunha e começava a brilhar. “Na atual temporada, o brasileiro elevou seu status no elenco sem, no entanto, arranhar a imagem do líder da equipe. Trabalhou a seu favor o método adotado pelo técnico Luis Enrique”. Da mesma forma que o craque nascido em Mogi das Cruzes estava a ponto de explodir para o cenário mundial, havia uma hierarquia e Messi estava acima.
O brasileiro jogava para o argentino e, mesmo assim, conseguiu cair no gosto da torcida do Barcelona e do próprio Messi. O craque ídolo da equipe Blaugrana tratava o até então garoto como seu sucessor, que estava sendo moldado no “estilo” do clube catalão. No entanto, como escreveram os autores da matéria principal da PLACAR de fevereiro de 2015, esperar essa transição, trabalhando com e para Messi enquanto o argentino é o motor do time, é um desafio para Neymar. Aliás, o astro da seleção brasileira sempre foi uma figura de marketing, que chamava a atenção.
“Neymar é o ícone midiático perfeito, disse a PLACAR Esteve Calzada, ex-diretor-geral de marketing do Barcelona e CEO da Prime Time Sport
Não foi diferente. Neymar tomou cada vez mais protagonismo, brilhou no trio MSN (composto também pelo atacante uruguaio Luis Suárez) e queria, de fato, ser a estrela do time. Em Barcelona, ao lado de Messi, que ainda tinha muita lenha pra queimar, não seria possível. Assim, em 2017, o atacante brasileiro decidiu trocar a Espanha pela França e foi contratado pelo Paris Saint-Germain, em busca de trocar o status de príncipe para o de rei. O clube francês fez o que parecia impossível: pagou 222 milhões de euros (R$ 821 milhões na cotação da época) aos espanhóis.
Quatro anos depois, os craques estão juntos novamente, mas agora na capital francesa. Neymar não é mais garoto, já assumiu posto de rei de Paris e assumiu a camisa 10 do clube, que o craque argentino não aceitou vestir, em respeito ao brasileiro. Messi é um dos maiores nomes da história do futebol e chega de forma badalada ao PSG. Neste segundo ato de NeyMessi, basta ver quem será o protagonista.
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