Em meio à polêmica envolvendo a presença de pisos sintéticos no futebol brasileiro, o Palmeiras e o Allianz Parque anunciam nesta sexta-feira, 12, a troca do gramado artificial do estádio. Em parceria com a Soccer Grass, empresa responsável pelo cuidado do piso desde 2020, a WTorre realizará a atualização do piso em sete fases.

A previsão é que a arena volte a receber partidas de futebol na última semana de fevereiro de 2026. Isso significa que o Verdão mandará seus jogos no Paulistão e no início do Brasileirão em outro estádio, provavelmente na Arena Barueri.

Ainda em 2025, ocorrerá a remoção da cortiça e da areia, bem como a retirada do gramado sintético, informou o clube, em nota oficial. Após a conclusão das duas fases iniciais, o trabalho será interrompido por causa de espetáculos e eventos previamente agendados.

O processo será retomado no início de 2026, com a abertura dos ramais de drenagem. Na sequência, serão realizadas a retirada de resíduos de preenchimento, a regularização da camada de pedrisco e compactação, a abertura dos rolos do choque pad, a ⁠instalação dos tapetes, o ⁠lançamento e distribuição da areia e a ⁠demarcação do campo, entre outras instalações.

O gramado do Allianz Parque conta com a aprovação da FIFA, entidade máxima do futebol, desde a sua implementação. “A troca do piso atende ao compromisso do Palmeiras e da WTorre de proporcionar um campo em perfeitas condições para a disputa de jogos de alto nível, sempre priorizando a integridade física e a saúde dos atletas”, informou o clube.

Flamengo protocola fim dos sintéticos

O Flamengo protocolou na última segunda-feira, 8, junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), uma proposta de padronização dos gramados no país, que inclui o fim dos gramados sintéticos.

No documento, em que cita um projeto “Por um Futebol de Primeiro Mundo”, o Flamengo apresenta a proposta do Programa de Avaliação e Monitoramento da Qualidade de Gramados do Futebol Brasileiro. A proibição dos gramados artificiais é o primeiro ponto citado.

“Não há nenhum país que já tenha conquistado uma Copa do Mundo que aceite gramados de plástico, só o Brasil”, diz um dos trechos.  “A preocupação com os gramados artificiais não é exclusiva do Flamengo. Os jogadores, principais protagonistas do esporte, vêm se manifestando publicamente contra o uso desse tipo de superfície em competições de alto nível e, em alguns casos, chegam a se recusar a atuar nesses campos”, prossegue.

Recorde de campos sintéticos na Série A

Palmeiras no gamado sintético do Nilton Santos contra o Botafogo - Cesar Greco / Palmeiras