A polêmica do futebol brasileiro sobre gramado sintético avançou para um novo capítulo nesta quinta-feira, 11, quando os times que apoiam o tipo de piso emitiram uma nota conjunta. Ao todo, cinco equipes do Brasileirão jogam no gramado artificial e se juntaram para garantir o posicionamento “em defesa da tecnologia” – Atlético-MG, Athletico-PR, Botafogo, Chapecoense e Palmeiras.

O posicionamento das cinco equipes acontece como reação à ação do Flamengo, que protocolou na CBF dois dias atrás uma proposta contra o gramado sintético. Presidente do Palmeiras, Leila Pereira também comentou sobre o fato e alegou “fake news” da equipe rubro-negra em relação ao tema.

“É algo que vem sendo pautado pelo clubismo. O fato é que não há qualquer evidência científica de que os campos sintéticos ofereçam maior risco de lesão aos atletas.  As alegações feitas pela atual gestão do Flamengo não passam de fake news”, disse mais cedo, contrapondo o argumento utilizado pelo time carioca.

Na nota conjunta divulgada nesta quinta, as equipes entendem que o gramado sintético oferece melhor condição ao jogo que o gramado natural em más condições. Os times também destacam que “não existe padronização de gramados no Brasil“.

Na próxima edição do Campeonato Brasileiro, ao menos seis equipes mandarão seus jogos em gramados sintéticos. Além dos cinco times que participaram do movimento conjunto, o Vasco deve reformar São Januário e por isso deve utilizar o estádio Nilton Santos ao longo da temporada.

Confira a nota conjunta na íntegra

Diante das recentes declarações públicas sobre a utilização de gramados sintéticos no futebol brasileiro, Athletico Paranaense, Atlético, Botafogo, Chapecoense e Palmeiras reafirmam sua posição em defesa dessa tecnologia, adotada de forma responsável, regulamentada e alinhada às melhores práticas internacionais.

Em primeiro lugar, é imprescindível reconhecer que não existe padronização de gramados no Brasil. Ignorar esse fato e direcionar críticas exclusivamente aos gramados sintéticos reduz um debate complexo a uma narrativa simplificada, injusta e tecnicamente equivocada.

Também reiteramos que um gramado sintético de alta performance supera, em diversos aspectos, os campos naturais em más condições presentes em parte significativa dos estádios do país.

É igualmente importante esclarecer que não há qualquer estudo científico conclusivo que comprove aumento de lesões provocado pelos gramados sintéticos modernos.