Pai de Neymar desconversa sobre lesão: ‘Imprensa sabe mais que o meu filho’

O empresário prometeu unir o nome do Rei de Futebol ao do filho e iniciar uma nova era de exploração da imagem do antigo camisa 10, agora atrelada ao entretenimento.

“Queremos fazer com que ela participe não só do esporte, mas de todo o entretenimento possível”, disse.

“A volta do Neymar nos trouxe uma experiência positiva em relação ao Santos, Brasil e mundo. A gente andou o mundo inteiro e sabe que hoje nós temos o nosso príncipe, o nosso leito. E isso [da compra da marca] vai ser importante para o Brasil, para fazer com que essas duas representações [Neymar e Pelé] possam se unir para uma agregar a outra. Claro que o Pelé é o maior de todos os tempos, mas vamos eternizar os dois não só como lembrança, mas como marca”, acrescentou.

O valor total do negócio, somados impostos e outros gastos, gira em torno de 18 milhões de dólares (R$ 96,7 milhões pela cotação atual).

O evento não contou com a presença de Neymar. O jogador do Santos só apareceu durante a exibição de um vídeo de apresentação, montado pela produção do evento, em que cita o orgulho em ter a marca atrelada agora a uma empresa sediada no país.

“Pelé nunca deixou de ser nosso e agora ele é, oficialmente, do Brasil. De novo e para sempre”, afirmou.

O acordo para a repatriação da marca, antes agenciada pela empresa americana Sport 10, dá à NR Sports os direitos de usar a imagem de Pelé e explorar comercialmente o licenciamento de produtos, acervos históricos e outras propriedades relacionadas ao ex-jogador, morto em 29 de dezembro de 2022.

Com Pelé ainda vivo, cabia a Sports 10 decidir sobre aparições do ídolo em eventos, estratégias comerciais ou o próprio uso de sua imagem. A aproximação entre a imagem de Neymar com a de Pelé tem ocorrido desde o retorno do jogador à Vila Belmiro, em fevereiro deste ano.

Com a volta selada, Neymar, que utilizou a camisa 11 na maior parte de sua primeira passagem, herdou o icônico número 10, que ficou sem ser utilizado durante a disputa da Série B do ano anterior. Além disso, passou a ser tratado como “Príncipe”, em referência ao fato de ser o herdeiro do Rei, maior ídolo santista.

O Santos também tentava e tinha otimismo por um acordo, mas acabou perdendo a concorrência para o próprio pai do atleta. O clube ainda não se manifestou oficialmente sobre o assunto.

A tendência, agora, é que valores que deveriam ser repassados pelo clube paulista ao jogador, a quem deve mais de R$ 80 milhões por um acordo de imagem selado ainda no primeiro contrato de retorno ao clube, encerrado na metade deste ano, seja amortizado de eventuais ganhos ao clube relacionados a Pelé. Por enquanto, a dívida tem sido paga em parcelas mensais até dezembro de 2026.