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Corinthians esclarece gastos com cartão corporativo

Entenda as polêmicas sobre o uso de cartões corporativos no Corinthians

A gestão financeira dos clubes de futebol é uma questão complexa, especialmente quando se trata do uso de cartões corporativos. Recentemente, o Corinthians esteve no centro de um debate sobre gastos significativos, que levantaram questões sobre a transparência e o uso adequado dos recursos do clube. Entre fevereiro e dezembro de 2024, foi revelado que o clube teve despesas totais de R$ 8,4 milhões usando esses cartões, o que trouxe à tona discussões sobre a governança dentro do futebol brasileiro.

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Esses gastos foram inicialmente negados em extensão pelo Conselho de Orientação do Corinthians (Cori), que havia mencionado a existência de apenas um cartão. No entanto, investigações revelaram o uso de pelo menos cinco cartões ativos, contradizendo a posição inicial do clube. Essa situação gerou uma série de questionamentos tanto da imprensa quanto dos torcedores, que pedem maior transparência nas finanças do clube.

Memphis Depay treinando - Fonte: @memphisdepay
Memphis Depay treinando – Fonte: @memphisdepay

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Como os Clubes Justificam Esses Gastos?

Na resposta oficial do Corinthians, várias despesas foram justificadas como operacionais e necessárias para o funcionamento adequado do clube. Entre essas, estão os gastos com alimentação pós-jogo e hospedagem de atletas e comissão técnica, fatores considerados essenciais para o desempenho esportivo. Um exemplo que chamou atenção foi a quantia de R$ 43 mil gasta no restaurante Coco Bambu, descrita como parte das refeições pós-jogo de jogadores e equipe técnica durante deslocamentos para jogos fora de casa.

A justificativa é que essas refeições são uma parte fundamental do processo de recuperação dos atletas, com cardápios elaborados por nutricionistas para repor o gasto energético durante os jogos. Além disso, foi detalhada a estadia do jogador Memphis Depay e sua equipe no Hotel Fasano, outro exemplo de despesa significativa que foi explicada como necessária para acomodar sua transição e integração no time brasileiro.

Qual o Impacto das Acusações Sobre Cartões Corporativos?

As revelações sobre esses gastos geraram preocupações não apenas entre os associados do clube, mas também no mercado como um todo, afetando o valor de mercado do Corinthians e podendo afastar potenciais patrocinadores. Num contexto onde a profissionalização e a transparência são cada vez mais demandadas no futebol brasileiro, tais controvérsias podem trazer complicações adicionais para a gestão do clube.

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O presidente Augusto Melo está enfrentando um processo de possível destituição por alegações de gestão “irregular e temerária”, segundo um relatório do Cori que destaca infrações estatutárias. De acordo com esse relatório, o uso dos cartões corporativos não foi orientado estritamente para finalidades oficiais, o que aumenta a desconfiança sobre a gestão atual.

Como o Clube Responde às Acusações?

Em resposta, a diretoria do Corinthians afirma que todos os gastos realizados estão documentados e justificados com notas fiscais. O clube emitiu uma nota oficial destacando seu compromisso com a transparência e a regularidade das despesas. A diretoria protesta contra o vazamento de informações confidenciais e reitera que tais documentos são essenciais para a continuidade das operações financeiras do clube, especialmente em momentos de bloqueio de contas.

A nota finaliza enfatizando que não há uso pessoal dos cartões por parte da presidência ou dos diretores, reforçando que os mesmos são utilizados apenas para cumprir com operações diretamente ligadas às necessidades do clube, como viagens de delegação, manutenção de veículos e outras despesas operacionais. Essa postura destaca o delicado equilíbrio que as instituições esportivas precisam manter entre operação financeira eficaz e transparência pública.

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