O título do Campeonato Brasileiro de 2024, que começa no próximo final de semana, é, sem dúvidas, o mais importante. Mas, paralelo à disputa pelo troféu, há também uma competição em curso sobre o maior número de sócios-torcedores entre os clubes do país. Neste torneio à parte, o Palmeiras lidera com folga.
Em recente levantamento feito pelo site Goal, o Palmeiras aparece na primeira colocação com mais de 179.000 sócios em seu programa, o Avanti. O número é de quase 37.000 sócios a mais que o segundo colocado Internacional, com o Mundo Colorado.
Em oito categorias diferentes, os planos do Palmeiras vão de 9,99 reais a 779,99 reais, com variados níveis de descontos em produtos, serviços e pré-venda de ingressos. Atualmente, o Inter é quem tem o plano mais barato dentre o top 10, a partir de 6,99 reais mensais.
PLACAR entrou em contato com especialistas em programas de marketing e com o próprio clube alviverde para entender as razões que explicam tamanha diferença para os rivais. Vale lembrar que o número total de associados não reflete necessariamente na arrecadação: o Flamengo, quarto colocado no ranking de sócios-torcedores, lidera o faturamento com bilheteria (leia mais abaixo).
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O sucesso do Palmeiras
A possibilidade de comprar ingressos com prioridade é um atrativo, mas a fidelização pela conta digital oficial do clube, o Palmeiras Pay, é o grande diferencial alviverde em relação aos demais. O torcedor que adere ao modelo bancário, ganha um nível de sociedade, isenções de mensalidades além do sentimento imaterial de pertencimento do clube.
Sócio-fundador e CEO da End to End, empresa que intermedia parcerias entre torcedores e clubes, Reginaldo Diniz ressalta a quantidade de produtos disponíveis com símbolos, cores e marcas que o fã de cara se identifica e, mais do que isso, logo se apaixona.
“Os clubes de futebol ainda não perceberam que possuem um dos principais ativos de fidelização de clientes do mercado consumidor e que não há comparação. O torcedor compra produtos e serviços por paixão e emoção. É baixo o índice de infidelidade, exceto quando o a performance esportiva é ruim, uma vez que ele em geral não troca de clube”, disse Diniz.
De nada adianta, no entanto, tamanha oferta sem que a tecnologia acompanhe. Da fila virtual à entrada em um estádio moderno, no caso do Allianz Parque, com capacidade para 43.713 torcedores em arquibancadas e camarotes, tudo tem que estar em ordem e “respeitar o cliente, não mais o torcedor”. É o que aponta Tironi Paz Ortiz, CEO e fundador da Imply.
“Os serviços de tecnologia, que se modernizaram e contam com integração destes programas à gestão das vendas, controle de acessos, equipes de suporte e staffs de bilheteria, com a inclusão de um QR Code dinâmico, agradam ao torcedor”, disse. “Tudo isso garante infraestrutura robusta e de alta performance, com estabilidade e segurança para atender grandes volumes de público”, disse.






