Uma das favoritas a subir ao pódio representando o Brasil nos Jogos de Pequim-2008, a saltadora Fabiana Murer foi prejudicada pelo sumiço de sua vara momentos antes da competição. Sem o equipamento adequado, a brasileira não chegou nem aos 4,65m e encerrou sua primeira edição dos Jogos na décima colocação. Quatro anos depois, Murer chega […]
Uma das favoritas a subir ao pódio representando o Brasil nos Jogos de Pequim-2008, a saltadora Fabiana Murer foi prejudicada pelo sumiço de sua vara momentos antes da competição. Sem o equipamento adequado, a brasileira não chegou nem aos 4,65m e encerrou sua primeira edição dos Jogos na décima colocação. Quatro anos depois, Murer chega precavida em Londres, negando que buscará acerto de contas ao tentar o inédito ouro olímpico.
‘Não tem nada de acertar as contas. Quero aproveitar, me divertir e buscar uma boa marca’, garante a atleta, que preferiu fugir da alcunha de favorita ao título olímpico. ‘Não acho que sou favorita. Eu estou no bolo e tenho que ir lá e saltar. É mais uma competição, mas minha motivação é diferente. Eu fiquei focada neste ano para a Olimpíada, então quero aproveitar, saltar alto e me divertir. Se o salto for suficiente para a medalha, fico contente’, analisa.
Precavida, Murer desembarcou em Londres-2012 com diversos tipos de varas. Além de temer problemas como o ocorrido em Pequim-2008, a brasileira diz estar preparada para qualquer situação adversa causada pelo instável clima londrino.
‘Eu trouxe nove varas com diferenças de flexibilidade que podem ser usadas de acordo com a velocidade, o peso, a altura do sarrafo. Tudo depende das condições do clima, se estiver chuvoso. O ideal seria competir com uma vara mais dura, mas depende destes fatores’, afirma.
Elson Miranda, treinador de Murer, relatou quais foram os cuidados especiais com os nove assessórios que poderão ser utilizados pela atleta na disputa dos Jogos.
‘Do aeroporto, as varas foram direto para a Vila. As varas estão lá e depois seguirão para o estádio. Eles são os responsáveis. A única coisa que pedimos é que não manipulem e não tirem as varas dos tubos. E se isso for necessário, que seja feito na nossa presença ou na presença de alguém do COB’, afirmou o treinador.
Murer inicia a jornada pelo ouro olímpico às 6h20 (de Brasília) deste sábado, 4 de agosto, quando serão disputadas as eliminatórias do salto com vara. Caso avance à final, Murer volta a competir às 15h (de Brasília) do dia 6, segunda-feira, quando pretende saltar mais que 4,80m para brigar ao menos pelo pódio.
‘A disputa está bem equilibrada. Tem muitas atletas que já saltaram 4,70m, outras que estão saltando 4,80m, que é a distância que a gente acha que vai dar medalha. Então, o que eu tenho que tentar fazer é saltar o mais alto possível. Fazer o meu melhor, pois só dependo de mim mesma’, conclui.