Libertadores: torcida enfim joga junto e empurra Palmeiras

A relação andava conturbada desde a queda. A frustração de ver o Palmeiras mais uma vez rebaixado no Brasileirão, no fim do ano passado, tinha deixado a torcida desiludida. No início deste ano, a demora da diretoria em montar um time contribuiu para que, apesar da participação na Libertadores, o clube custasse a jogar com casa cheia, mesmo nas partidas do torneio continental. Os mais exaltados, ligados às torcidas organizadas, chegaram a agredir jogadores e ameaçar representantes do clube. Mas a recuperação da equipe, que vem de uma boa sequência de vitórias, reconquistou os fanáticos palmeirenses – que, na noite de quinta, encheram o Pacaembu e empurraram o time na vitória sobre o Libertad, do Paraguai. No fim do jogo, o técnico Gilson Kleina estava emocionado. “Posso falar que, se tiver de sair hoje, saio sabendo que a gente nunca deixou de respeitar essa instituição e respeitar essa camisa. Não é hipocrisia, mas sempre corremos pelo torcedor”, disse o treinador, que lamentou a expulsão de Wesley, mas ressaltou a mudança de postura da equipe. “Mais uma vez os obstáculos foram crescendo ao longo do jogo. Mas, ao mesmo tempo, cresceu a nossa vontade em campo. É bom ver que hoje a gente consegue reagir assim nas adversidades.” Kleina ainda fez um alerta: “Temos de conter a euforia. Se teve um dia que era para festejar, era hoje, mas acabou. Precisamos manter a pegada”. O capitão Henrique foi outro que ressaltou a importância da torcida. “Ela ajudou muito a gente e foi o 12º jogador”, garantiu.

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(Com Estadão Conteúdo)