Com futebol de primeiro nível em campo e nenhuma falha incontornável fora dele, Valcke e Aldo se disseram satisfeitos no primeiro balanço deste Mundial
“O esforço dos brasileiros resultou numa Copa do Mundo com alguns pequenos problemas, sim, mas também com grandes êxitos dentro de campo, e fora também”, disse o ministro do Esporte
Depois de quase três anos de relação nem sempre harmoniosa, os três principais encarregados de fazer a Copa do Mundo dar certo fizeram o primeiro balanço do evento nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro – e os representantes do governo, da Fifa e do Comitê Organizador Local (COL) mostraram-se aliviados e satisfeitos com o torneio e com o país-sede. O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke (incumbido pelo presidente da entidade, Joseph Blatter,� de comandar os preparativos e a realização da competição), disse que o Brasil “está a caminho de ser bem-sucedido” como anfitrião. O ministro Aldo Rebelo (escalado pela presidente Dilma Rousseff para acompanhar as obras e dialogar com a Fifa), avaliou que tudo está correndo dentro do previsto. Por fim, o executivo-chefe do COL, Ricardo Trade, também fez uma avaliação positiva dos serviços oferecidos a todos os envolvidos na Copa – mas afirmou que ainda é cedo para festejar o que já foi feito.
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“Ainda temos muito trabalho pela frente. Temos conversado bastante com o governo e com todos os envolvidos e falamos sempre que não podemos relaxar”, disse Trade, que também agradeceu às sedes que agora se despedem do torneio. “Palcos lindos, como Cuiabá e Manaus, encerram sua participação sabendo que cumpriram sua parte. Foi muito desafiador fazer um evento assim num país de dimensões continentais como o Brasil, mas estamos conseguindo fazê-lo bem.” Valcke disse que a Copa de 2014 “é certamente uma das melhores de todos os tempos quando se trata de qualidade do futebol exibido” e comemorou os números do evento, como a audiência de TV nos demais continentes e o envolvimento dos brasileiros com o evento. “As dados da transmissão televisiva mostram um grande crescimento no interesse em relação à Copa de 2010, e não só nos países tradicionais no futebol. E as Fan Fests, que foram tão questionadas, têm sido o lugar perfeito para reunir quem não tem ingresso.”
Na avaliação do ministro do Esporte, o país-sede suportou bem o impacto da chegada dos visitantes desde o início da Copa. “O esforço promovido pelo governo, pelos Estados e pelos municípios� tem sido bem-sucedido até agora, assegurando o funcionamento da infraestrutura essencial para o evento. Os aeroportos têm correspondido às exigências, a área de segurança pública também. O setor hoteleiro também tem se comportado à altura do que se esperava, assim como a parte da mobilidade urbana. Os jogos têm acontecido dentro da normalidade, não tem sido muito diferente do que é no dia-a-dia. A Copa do Mundo transcorre num ambiente de normalidade”, afirmou Aldo, que resumiu: “O esforço dos brasileiros resultou numa Copa do Mundo com alguns pequenos problemas, sim, mas também com grandes êxitos dentro de campo e fora também.” O ministro também mostrou alívio com o fato de as manifestações contra a Copa terem sido muito pequenas até agora. “Não há muita participação popular nelas. Eu nunca acreditei que haveria muito protesto na Copa. É um momento de trégua.”