Esta é a breve história de uma partida de futebol em que o melhor jogador em campo foi o goleiro de uma seleção eliminada, mesmo ele não tendo sido vazado nenhuma vez ao longo de 120 minutos. E na qual o goleiro reserva da equipe adversária entrou no gramado faltando 1 mísero minuto para o […]
Esta é a breve história de uma partida de futebol em que o melhor jogador em campo foi o goleiro de uma seleção eliminada, mesmo ele não tendo sido vazado nenhuma vez ao longo de 120 minutos. E na qual o goleiro reserva da equipe adversária entrou no gramado faltando 1 mísero minuto para o fim da prorrogação, defendeu duas cobranças de pênaltis e saiu-se como o herói.
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A partida, você sabe, foi Holanda x Costa Rica, disputada neste sábado na Arena Fonte Nova, em Salvador, pelas quartas de final da Copa do Mundo. Keylor Navas, o costa-riquenho que ganhou pela segunda vez o prêmio da Fifa de melhor em campo, é o grande goleiro do torneio. E Tim Krul, reserva e camisa 23 da Holanda, especialista em defender pênaltis, é o grande responsável por levar a sua seleção às semifinais, depois de ter segurado os chutes do meia Ruiz e do zagueiro Umaña, e selado o placar em 5 x 3, na primeira vitória da Holanda em uma disputa de pênalti na história das Copas.
Nas duas horas anteriores, Keylor Navas havia segurado de todas as maneiras o bombardeio do ataque mais eficiente da Copa, detentor de 12 gols. E quando a bola passou por ele, a trave e o travessão impediram o gol da Holanda em chutes do meia Sneijder, o grande destaque holandês, que finalmente liderou a equipe, jogando melhor que Robben e Van Persie.
A entrada de Krul no lugar do titular Cillessen foi mais um coelho tirado da cartola pelo técnico Louis Van Gaal. Um coelho de 1,93 metro de altura, que voou em direção à bola nas cinco cobranças, fez alguma catimba diante dos cobradores adversários e que, com os braços esticados, chega a bater com as luvas no travessão. Krul atua pelo Newcastle, clube pelo qual ganhou o prêmio de melhor jogador do mês de novembro no campeonato inglês na temporada 2013-2014.
A memorável atuação em Salvador, que marcou a despedida da região Nordeste na Copa depois de 21 jogos e 57 gols, foi apenas a sexta pela seleção da Holanda, desde que estreou em 2011, num amistoso contra o Brasil. Nessa despedida, quiseram os Orixás que o placar ficasse no 0 x 0 tanto no tempo normal como na prorrogação, tal qual um capricho divino, já saudosos depois de 6 jogos e 24 gols marcados na Arena Fonte Nova, o estádio onde os artilheiros mais marcaram no Mundial.