O time jogou em casa contra um adversário de campanha ruim e escalou a força máxima, como uma espécie de treino para o jogo pela Libertadores, na terça-feira
A cabeça na Libertadores tirou do Corinthians a concentração necessária para vencer o Red Bull Brasil, neste sábado, no Itaquerão. Nem mesmo os titulares conseguiram achar a inspiração necessária para superar a retranca da equipe e evitar o primeiro 0 a 0 do time no ano, no Campeonato Paulista. O time jogou em casa contra um adversário de campanha ruim e ainda escalou a força máxima, como uma espécie de treino para enfrentar o Danubio, pela Libertadores, na terça-feira, no Uruguai.
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Mas, talvez por estar focada no torneio continental, a equipe não jogou o esperado. O time viu o adversário ter mais posse de bola e, com paciência, aguardava a chance de dar o bote no contra-ataque. O Red Bull ameaçava na bola aérea e quase marcou de cabeça com o ex-palmeirense Edmilson. Cássio salvou.
Tite, fiel ao esquema 4-1-4-1, se irritava na beira do campo com a dificuldade da equipe em passar pela retranca do 4-5-1. Com tantas peças no meio-campo, a faixa intermediária tinha uma aglomeração, o que provocou o primeiro momento de alegria da torcida, já aos 23 minutos no primeiro tempo. Emerson tentava driblar os zagueiros e trombou com o juiz, que foi ao chão. Só depois dos 30 minutos o jogo melhorou. O Corinthians teve como melhor momento um cruzamento de Fagner que acertou o travessão. De resto, Juninho não fez defesas.
Para despertar o time foi preciso colocar mais um atacante em campo para o segundo tempo. Vagner Love entrou com muita vontade de marcar o primeiro gol com camisa do clube e por muito pouco não fez. Seu empenho cativou o time a incendiar o jogo. O goleiro Juninho passou a ser o destaque do jogo, enquanto o Corinthians melhorava a marcação, cercava a saída de bola e recuperava o bom futebol.
Ainda assim, o gol não saiu. Enquanto a pressão crescia, Tite passou e encher o time de atacantes. Malcom e Luciano sufocaram os adversários e a bola passou a ficar só no campo de ataque. Mas a bola não entrou e a torcida, ao não vaiar o resultado, pareceu compreender que o que vale mesmo, que será ter bom futebol na terça.
(Com Estadão Conteúdo)