O ídolo do futebol alemão foi multado em aproximadamente 30.000 reais por não cooperar com apuração que busca esclarecer a suspeita de compra de votos para as Copas do Mundo de 2018 e 2022
O Comitê de Ética da Fifa puniu nesta quarta-feira o ex-jogador Franz Beckenbauer por se recusar a cooperar com as investigações que buscam esclarecer a suspeita de compra de votos no processo de escolha de sedes da Copa do Mundo de 2018, na Rússia, e de 2022, no Catar. A sanção ao cartola alemão foi decidida pelo juiz Jack Kariko, que aplicou uma multa a Beckenbauer de 7.000 francos suíços (aproximadamente 30.000 reais).
Beckenbauer era um dos membros do Comitê Executivo da Fifa durante a eleição, em dezembro de 2010, de Rússia e Catar como anfitriões das Copas do Mundo de 2018 e 2022, respectivamente. Ele deixou a comissão em 2011.
Um comunicado oficial, divulgado no site da entidade máxima do futebol, esclarece a punição: “O senhor Beckenbauer falhou na cooperação com as investigações do Comitê de Ética da Fifa apesar de repetidos pedidos por seu auxílio”. A nota da Fifa diz que o alemão de 70 anos não cooperou em entrevistas pessoais e também não respondeu questionário feito pela organização.
Em outro trecho diz que Beckenbauer “não se comportou de acordo com as regras gerais de conduta aplicáveis aos dirigentes do futebol no contexto das investigações”, violando assim os artigos 13, 18 e 42 do Código de Ética da Fifa, por atitude imprópria e por não cooperar com o dever de informar e esclarecer fatos levantados pela entidade.
O ídolo do futebol alemão está sendo investigado em outro caso de irregularidade na Fifa. Ele é acusado de comprar votos para que a Alemanha sediasse a Copa de 2006. O ídolo alemão, campeão do mundo como jogador e técnico, negou as denúncias da revista alemã Der Spiegel em outubro do ano passado.
Outro caso – Esta é a segunda punição imposta pela Fifa ao ex-craque alemão. Em junho de 2014, Beckenbauer foi punido inicialmente se omitir de outra investigação. Ele chegou a ser suspenso por 90 dias durante a Copa do Mundo de 2014, o que, inicialmente, o proibiu de assistir aos jogos no Brasil. A punição foi cancelada após duas semanas, quando o alemão concordou em responder aos questionamentos.
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(Com Estadão Conteúdo)
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